PF investiga a Braskem por mina em Maceió com risco de colapso

Agentes da Polícia Federal cumpriram 14 mandatos de busca e apreensão visando atuais e ex-funcionários da empresa; companhia diz que sempre esteve à disposição das autoridades

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Bloomberg — A Polícia Federal investiga possíveis crimes nas operações da Braskem (BRKM5), à medida que uma mina de sal corre o risco de colapso e engolir parte de Maceió, capital de Alagoas.

Agentes da Polícia Federal cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, em três cidades, visando atuais e ex-funcionários da Braskem e uma planta de soda de cloro, de acordo com declarações da Braskem e da polícia nesta quinta-feira (21).

As investigações indicam que há evidências de que as atividades de mineração não seguiram parâmetros de segurança para garantir a estabilidade da operação.

A Braskem monitora a situação, disse a empresa, acrescentando que “está e sempre esteve à disposição das autoridades e fornecerá todas as informações ao longo do processo”.

A maior petroquímica da América Latina está sob crescente pressão, pois o solo afunda em partes de Maceió, forçando um estado de emergência e o deslocamento de milhares de pessoas.

A empresa enfrentando um processo de R$ 1 bilhão movido por promotores locais e recentemente perdeu seu status de grau de investimento na Fitch Ratings, devido a riscos ambientais, sociais e de governança crescentes.

A extração de sal-gema na capital de Alagoas, de 1976 a 2019, descumpriu diretrizes estabelecidas na literatura científica e resultou em instabilidade severa em áreas da cidade, segundo comunicado da polícia. A atividade tornou a área inabitável, levando mais de 60.000 pessoas a serem forçadas a deixar a região.

As notas em dólares da Braskem com vencimento em 2031 estão com queda de mais de 1 centavo devido à baixa liquidez.

-- Com a colaboração de Daniel Carvalho e Giovanna Bellotti Azevedo.

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