Petrobras suspende perfuração de poço em alto-mar na Colômbia por ordem judicial

Um juiz colombiano ordenou que a estatal do país e a Ecopetrol interrompessem a perfuração de um poço de gás depois que uma comunidade indígena buscou proteção legal

Um juiz colombiano ordenou que a Ecopetrol e a Petrobras interrompessem a perfuração de um poço de gás nas águas caribenhas do país
Por Andrea Jaramillo
13 de Setembro, 2024 | 03:28 PM

Bloomberg — Um juiz colombiano ordenou que a Ecopetrol e a Petrobras interrompessem a perfuração de um poço de gás nas águas caribenhas do país, depois que uma comunidade indígena buscou proteção legal.

A comunidade na área de Taganga, perto da cidade de Santa Marta, alegou que seu consentimento deveria ter sido solicitado antes que as empresas fossem autorizadas a perfurar o poço Uchuva-2, de acordo com uma cópia do documento publicado na sexta-feira (13) pela Caracol Radio.

A Petrobras (PETR3, PETR4) é a operadora do bloco Tayrona com uma participação de 44,4%, e a Ecopetrol tem os 55,6% restantes.

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Espera-se que a empresa colombiana publique uma declaração sobre a decisão. A Petrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Bloomberg News.

Com a previsão de enfrentar um déficit de gás natural no início do próximo ano, as esperanças da Colômbia dependem do potencial futuro de seus poços em águas profundas.

A chefe offshore da Ecopetrol, Elsa Jaimes, disse em uma entrevista no mês passado que a produção em águas caribenhas poderia entrar em operação já em 2029, a depender das aprovações das comunidades locais e da obtenção de licenças ambientais.

A decisão do juiz de interromper a perfuração de Uchuva-2, que começou em junho, não é o único contratempo que a Ecopetrol enfrenta.

No mês passado, a autoridade de licenciamento ambiental da Colômbia suspendeu o processo para permitir a perfuração de um poço de petróleo offshore separado que estabeleceria um novo recorde mundial.

A empresa estatal de energia e a Occidental Petroleum disseram que planejam começar a perfurar o poço Komodo-1 ainda neste ano, a uma profundidade de aproximadamente 3.900 metros.

A decisão sobre Uchuva-2 também representa outro grande revés na exploração offshore para a Petrobras. No Brasil, ela foi impedida de perfurar em uma seção importante da chamada Margem Equatorial devido a preocupações ambientais.

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- Com a colaboração de Mariana Durão.

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