Petrobras quer permanecer na Braskem, mas não torná-la estatal, dizem fontes

Petrolífera considera a petroquímica um negócio estratégico, já que a transição para a energia verde pode tornar a gasolina menos lucrativa, segundo fontes à Bloomberg News

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Bloomberg — A Petrobras (PETR4;PETR3) não está interessada em transformar a Braskem (BRKM5) em uma empresa estatal e a alta administração sinalizou que faria sentido para a produtora de petroquímicos ter um parceiro estratégico, de acordo com pessoas a par do assunto que falaram à Bloomberg News.

As ações da Braskem subiram até 9,8%, para R$ 25,7, em São Paulo. A notícia foi divulgada inicialmente pelo jornal Valor Econômico.

Em uma ligação privada com analistas na quinta-feira (10), o CFO da Petrobras, Sergio Caetano Leite, disse que a estatal do petróleo considera a petroquímica um negócio estratégico, já que a transição para a energia verde pode tornar a gasolina menos lucrativa.

“Todas as grandes empresas integradas têm uma divisão petroquímica relevante”, disse ele nesta sexta-feira (11) durante uma call de resultados.

A Petrobras é a segunda maior acionista da Braskem, atrás apenas da Novonor (ex-Odebrecht). Ela tem direitos de tag along e direitos de preferência para adquirir a participação de controle na Braskem, que a Novonor está sendo pressionada a vender para pagar suas dívidas bilionárias.

As autoridades da Petrobras disseram que vão aguardar a decisão da Novonor antes de tomar qualquer atitude, de acordo com as pessoas. A Petrobras disse em um e-mail que ainda está avaliando a melhor estratégia para o setor petroquímico e para a Braskem.

Desde maio, a Novonor recebeu ofertas não vinculantes pela Braskem da Unipar Carbocloro, da J&F Investimentos e uma terceira da Abu Dhabi National Oil e da Apollo Global Management.

A Petrobras não vê avanço em nenhuma das ofertas e planeja manter pelo menos sua participação atual na empresa, disse a pessoa.

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