Petrobras: lucro sobe 22% no trimestre e conselho aprova R$ 17 bi em dividendos

No período, o resultado líquido da estatal alcançou R$ 32,6 bilhões, em meio à melhora do resultado financeiro e das menores despesas operacionais, segundo a companhia

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07 de Novembro, 2024 | 09:02 PM

Bloomberg Línea — A Petrobras (PETR3, PETR4) reportou um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre, avanço de 22% na comparação anual, segundo balanço divulgado na noite desta quinta-feira (7).

O desempenho, segundo a estatal, se deveu à melhora do lucro bruto e do resultado financeiro, bem como menores despesas operacionais, informou em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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O lucro reverte o prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre do ano, ligado à quitação de dívidas fiscais.

A petroleira afirmou também que o conselho de administração aprovou nesta quinta-feira o pagamento de dividendos ordinários no valor de R$ 17,1 bilhões, valor equivalente a R$ 1,32820661 por ação ordinária e preferencial.

Leia mais: Petrobras: o que esperar do balanço trimestral, de acordo com quatro bancos

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“Neste terceiro trimestre, alcançamos resultados financeiros consistentes em um contexto de queda no preço do Brent, que conseguimos compensar com maiores volumes de vendas de derivados”, disse no documento o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Fernando Melgarejo.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recorrente - métrica de geração de caixa operacional - atingiu R$ 64,4 bilhões de julho a setembro, queda de 3,7% na comparação anual e alta de 3,4% sobre o período imediatamente anterior.

A companhia afirmou no balanço que a queda de 6% no preço do Brent e a menor margem de derivados, especialmente de diesel, foram compensadas parcialmente pelo aumento da taxa de câmbio média do real frente ao dólar.

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O maior volume de petróleo produzido no mix de derivados e o aumento nas vendas também contribuíram para o crescimento do Ebitda na comparação trimestral, destacou a empresa.

A estatal apontou ainda que houve aumento das vendas de petróleo no mercado interno, em função do avanço das entregas para a Acelen (refinaria de Mataripe), e maior receita com energia elétrica.

A receita de vendas da Petrobras atingiu R$ 129,5 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,8% sobre igual intervalo do ano passado.

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Investimentos e endividamento

De julho a setembro, os investimentos da estatal somaram US$ 4,5 bilhões, valor 31,3% superior ao registrado no trimestre anterior. No acumulado do ano, os desembolsos alcançaram US$ 10,9 bilhões, alta de 19,5% sobre o mesmo intervalo de 2023.

Segundo a companhia, os investimentos no segmento de exploração e produção somaram US$ 3,8 bilhões, alta de 36,4% sobre o trimestre anterior, concentrando-se principalmente no desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 2,2 bilhões); pré e pós-sal da Bacia de Campos (US$ 800 milhões); e investimentos exploratórios (US$ 200 milhões).

“O aumento em relação ao trimestre anterior não altera projeção de investimento de 2024″, disse a Petrobras no documento.

No segmento de refino, transporte e comercialização, os investimentos totalizaram US$ 500 milhões, com destaque para paradas programadas de refinarias e avanço do projeto da REPLAN.

Já em gás e energias de baixo carbono, os investimentos totalizaram US$ 100 milhões no período, também em linha com o trimestre anterior.

Adicionalmente, houve desembolso de US$ 21 milhões relativos a bônus de assinatura de 26 blocos (parceria Shell) da Bacia de Pelotas.

A Petrobras encerrou o trimestre com dívida líquida de US$ 44,3 bilhões, queda de 4,1% sobre o trimestre anterior. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda ajustado alcançou 0,95 vez no período.

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Juliana Estigarríbia

Jornalista brasileira, cobre negócios há mais de 12 anos, com experiência em tempo real, site, revista e jornal impresso. Tem passagens pelo Broadcast, da Agência Estado/Estadão, revista Exame e jornal DCI. Anteriormente, atuou em produção e reportagem de política por 7 anos para veículos de rádio e TV.