‘Petrobras e minha gestão estão sob ataque político desenfreado’, diz Prates

CEO da estatal disse em rede social que há uma campanha para desestabilizar a sua administração; um dos casos citados é a exploração na Foz do Amazonas

Jean Paul Prates, CEO da Petrobras
Por Mariana Durão
31 de Julho, 2023 | 04:19 AM

Bloomberg — A gigante petrolífera brasileira Petrobras (PETR3; PETR4) foi atingida na última semana por uma campanha “desenfreada”, embora “ineficaz”, para desestabilizar sua atual administração, disse o presidente-executivo Jean Paul Prates no domingo (30).

Prates mencionou acusações de que a empresa estatal não teria sido suficientemente enfática na defesa da campanha exploratória na bacia da Foz do Amazonas, na chamada Margem Equatorial, uma região offshore que é parte fundamental de seu plano de negócios. Em maio, a autoridade ambiental do Brasil, o Ibama, rejeitou o pedido da empresa para perfurar seu primeiro poço na área.

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“Como em outros assuntos, as pessoas tentam criar uma crise onde [sic] não há nenhuma”, disse Prates no X, o site de mídia social anteriormente conhecido como Twitter. “O projeto tem sido defendido de forma enfática e diligente.”

A Petrobras está sob crescente pressão para domar os preços do gás natural, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta revigorar a atividade industrial do Brasil.

Prates entrou em conflito com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que disse que a empresa dedica muito gás para ajudar na produção de petróleo e que poderia baixar os preços se administrasse o recurso de forma diferente. No mês passado, a Petrobras anunciou uma redução de 7,1% no preço do gás natural a partir de agosto.

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Especulações sobre possíveis mudanças na administração da empresa circularam na imprensa local na semana passada.

O sindicato dos petroleiros do Brasil, FUP, emitiu um manifesto em apoio a Prates, incluindo mudanças na política de preços de combustíveis da empresa e a interrupção de um programa de desinvestimento.

O documento diz que o CEO e sua diretoria estão sob constante ataque de opositores que querem o retorno de uma política que foi derrotada pelas urnas nas eleições presidenciais anteriores.

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