Bloomberg — A Renault está implementando tecnologias de inteligência artificial (IA) para reduzir pela metade o custo de produção de veículos elétricos até 2027, à medida que a corrida para fabricar carros elétricos acessíveis para o mercado de massa se intensifica.
A montadora também pretende reduzir o tempo de desenvolvimento de veículos para dois anos, em comparação com três anos, segundo um comunicado divulgado nesta quinta-feira (7), detalhando um plano para tornar sua base de produção mais competitiva. As medidas devem reduzir os custos de produção de carros a combustão interna em 30% no mesmo período.
Essas ações fazem parte de uma grande transformação na Renault, que neste ano reformulou sua aliança de longa data com a Nissan Motor. A fabricante francesa planeja listar sua unidade de veículos elétricos, a Ampere, no próximo ano, visando uma avaliação de até 10 bilhões de euros (US$ 10,8 bilhões), com a confirmação de significativos investimentos tanto da Nissan quanto da Mitsubishi.
A Renault já utiliza mais de 300 aplicativos de inteligência artificial para rastrear peças de carros e fortalecer o controle de qualidade, e agora pretende aumentar esse número para 3.000 até meados da década.
A empresa construiu um metaverso industrial que economizou 270 milhões de euros para o grupo este ano, principalmente por meio de manutenção preditiva em instalações.
Reduzir em 50% os custos de produção de veículos elétricos seria um passo significativo para competir com fabricantes chineses que entram no mercado europeu com carros mais baratos.
O CEO Luca de Meo lançará no próximo ano o muito esperado Renault 5 com preço de 25.000 euros e está revitalizando o Twingo para a era elétrica por menos de 20.000 euros a partir de 2026.
Como parte da mudança industrial anunciada na quinta-feira, a Renault disse que fabricará quatro novos modelos entre agora e 2027 em sua unidade em Bursa, na Turquia.
A empresa reduziu pela metade os gastos de capital nos últimos quatro anos e será capaz de lançar 12 novos modelos no próximo ano, segundo o comunicado.
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