Bloomberg — A Oncoclínicas (ONCO3) captou R$ 896,9 milhões com a venda de 87,5 milhões de ações em sua oferta subsequente (follow-on).
A companhia encerrou a operação, anunciada no último dia 9, na sexta-feira (23). Cada papel saiu a R$ 10,25, com prêmio de 5,67% sobre o encerramento da véspera.
Segundo a Oncoclínicas, empresa que lidera o mercado de tratamento oncológico no país, a oferta teve forte demanda e atraiu 31 investidores estrangeiros e 151 fundos de investimento.
Do total vendido de ações, 20 milhões foram novas ações ordinárias de emissão da Oncoclínicas (tranche primária), e outros 50 milhões (tranche secundária), de acionistas vendedores – com um acréscimo de 25% (ou seja, 17,5 milhões de ações), segundo o comunicado. Ou seja, houve oferta primária e secundária, respectivamente.
A oferta foi coordenada pelo Goldman Sachs, seu principal acionista, com participação de Itaú BBA, XP Investimentos e Santander, BTG Pactual e J.P. Morgan. A operação foi realizada no Brasil, com esforços de colocação das ações no exterior, e voltada exclusivamente a investidores profissionais.
No começo da semana, a companhia movimentou o pregão da B3 após a divulgação de um relatório da gestora carioca Polo Capital que questionou práticas contábeis da empresa.
Bradesco reitera recomendação
Os analistas do Bradesco BBI Marcio Osako, e Caio Rocha mantiveram a recomendação outperform - equivalente a uma recomendação de compra - para o papel, com preço-alvo de R$ 14. Em relatório, eles escreveram que os pontos levantados pela Polo para justificar a aposta da gestora na queda das ações não eram grandes questões que motivassem uma mudança de recomendação, de modo que não enxergam riscos à projeção de um desempenho acima da média do mercado para o papel.
Os recursos provenientes da oferta serão alocados prioritariamente em projetos de expansão orgânica, que incluem unidades de alta complexidade, e em estratégias direcionadas a ampliar a participação nos serviços oferecidos na jornada do paciente oncológico. A decisão em investir em projetos do segmento reflete a contínua demanda crescente no setor da saúde voltado à oncologia.
As ações da Oncoclínicas acumulam valorização da ordem de 60% neste ano.
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