Bloomberg — Os credores da Oi (OIBR3) aprovaram o plano de reestruturação da operadora brasileira de telecomunicações nesta sexta-feira (19), o que vai desbloquear a venda de R$ 15,3 bilhões em ativos da empresa para ajudar a pagar parte de sua dívida.
Cerca de 80% dos credores quirografários aprovaram o plano, que prevê a venda da unidade de banda larga da empresa chamada de ClientCo por R$ 7,3 bilhões. O BTG Pactual e o Citi assessoram a Oi no negócio, que deve ser fechado no próximo ano. O Houlihan Lokey assessorou os credores.
O plano também inclui a venda de participação na V. Tal, empresa de fibra óptica da qual o BTG Pactual (BPAC11) é o maior acionista. Os acionistas da V. Tal incluem o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o GIC, fundo soberano de Singapura.
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A Oi tem uma participação de cerca de 30% na V. Tal, que deverá ser diluída devido ao baixo desempenho da receita para uma fatia perto de 17% até 2025. A empresa planeja vender a participação por R$ 8 bilhões em 2026.
A Oi entrou com um segundo pedido de recuperação judicial em março de 2023 na Justiça do Rio de Janeiro, dois meses depois de sair de uma das maiores reestruturações de dívida de todos os tempos no Brasil. A empresa protocolou dívidas de R$ 44,3 bilhões.
A companhia disse que chegou a um acordo com um grupo de detentores de títulos internacionais, que aprovaram o plano e estão entre os que devem emprestar um valor de até US$ 655 milhões à empresa. Também está previsto um empréstimo-ponte, em forma de DIP (debtor-in-possession), de um total de US$ 135,8 milhões para financiamento de curto prazo.
O total da nova dívida emitida pela companhia será de R$ 6,75 bilhões divididos em duas tranches, uma de R$ 4,5 bilhões e a segunda de R$ 2,5 bilhões.
Para conseguir vender a V. Tal, a Oi precisa mudar seu modelo de privatização, de concessão para autorização, medida ainda pendente de aprovação do órgão regulador Anatel e do Tribunal de Contas da União.
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