Odebrecht Engenharia pede recuperação judicial e BTG avalia crédito, dizem fontes

Banco de investimento negocia um empréstimo na modalidade ‘debtor-in-possession’ de até US$ 100 milhões, segundo fontes disseram à Bloomberg News; dívidas chegam a US$ 4,6 bi

Odebrecht Engenharia
Por Giovanna Bellotti Azevedo e Cristiane Lucchesi
27 de Junho, 2024 | 12:41 PM

Bloomberg — A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) entrou com um pedido de recuperação judicial com US$ 4,6 bilhões em dívidas, das quais US$ 46 milhões em bonds que vencem em outubro. E está em negociações com o BTG Pactual (BPAC11) para um empréstimo, segundo pessoas a par do assunto que falaram à Bloomberg News.

A empresa trabalha com os assessores jurídicos Cleary Gottlieb Steen & Hamilton e E.Munhoz Advogados, enquanto o Lazard atua como assessor financeiro, disseram essas pessoas, que pediram anonimato porque a informação não é pública.

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Os detentores de títulos, por sua vez, contrataram o White & Case e o Padis Mattar Advogados como assessores jurídicos e a Moelis como assessora financeira, segundo as pessoas.

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O BTG Pactual negocia para fornecer um empréstimo na modalidade “debtor-in-possession” após o início do processo de recuperação judicial, disseram as pessoas. O empréstimo seria de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões, segundo as pessoas.

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Representantes da OEC confirmaram à Bloomberg News o pedido de recuperação judicial, sem acrescentar comentários. Moelis e E.Munhoz não quiseram comentar.

O BTG Pactual e os assessores financeiros e jurídicos não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

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A OEC, que chegou a um acordo de recuperação extrajudicial de US$ 3 bilhões com credores em 2019, nunca se recuperou totalmente dos efeitos das investigações da Operação Lava Jato, que levou a um pedido de recuperação judicial da holding Odebrecht, agora chamada Novonor.

A OEC disse em suas demonstrações financeiras do ano passado que está em dificuldades devido à redução dos gastos públicos em grandes projetos após a pandemia e à falta de crédito para infraestrutura.

A empresa também foi prejudicada pelas provisões que precisou fazer por causa da redução esperada no valor recuperável de pagamentos do governo da Venezuela e pela contabilização de títulos reestruturados pela Novonor Finance garantidos pela OEC.

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A empresa registrou prejuízo de R$ 741,5 milhões no ano passado.

- Com a colaboração de Vinícius Andrade, Leda Alvim e Rachel Gamarski.

- Matéria atualizada às 20h20 de quinta-feira (27) com as informações do pedido de recuperação judicial.

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