O que a decepção na estreia de Missão Impossível diz sobre a indústria do cinema

Sétimo capítulo da franquia de ação estrelando Tom Cruise se junta a outras produções que ficaram aquém das expectativas para os lançamentos do verão americano

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Bloomberg — Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1, sétimo filme da franquia dos filmes de ação que trazem Tom Cruise como o espião de elite Ethan Hunt, arrecadou US$ 56,2 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá em seu fim de semana de estreia – bem menos que as projeções de US$ 61 milhões a US$ 75 milhões em vendas de ingressos da Boxoffice Pro, que elabora as previsões.

O filme gerou US$ 80 milhões nos cinco dias desde seu lançamento em 12 de julho. A Paramount Pictures, que distribuiu o filme, havia projetado US$ 90 milhões para esse período.

Os filmes anteriores da franquia arrecadaram de US$ 44,9 milhões a US$ 78,8 milhões em seus primeiros cinco dias, de acordo com dados fornecidos pela Comscore (SCOR). As vendas internacionais de bilheteria chegaram a US$ 155 milhões, informou o estúdio em um comunicado no domingo (16).

O filme tem sido um dos mais esperados do ano no setor. Recebeu críticas positivas, com pontuações de crítica e público de 96% e 94%, respectivamente, no site de críticas Rotten Tomatoes. Top Gun: Maverick, também estrelado por Cruise, foi o filme de maior bilheteria no mercado americano no ano passado.

Em Missão Impossível – Acerto de Contas Parte 1, Cruise precisa encontrar uma arma poderosa que ameaça destruir a humanidade. Ele estrela ao lado de Hayley Atwell e Ving Rhames.

Vários lançamentos de alto nível nste mês decepcionaram, incluindo Elementos, da Walt Disney (DIS), e The Flash, da Warner Bros. Como resultado, os analistas da Bloomberg Intelligence reduziram suas previsões para a receita do setor de cinemas para cerca de US$ 9 bilhões neste ano. Antes da pandemia, a bilheteria nacional americana regularmente ultrapassava US$ 11 bilhões por ano.

Missão Impossível custou US$ 290 milhões para ser produzido, um número alto até mesmo para os padrões dos sucessos de bilheteria de Hollywood e que provavelmente alimentará o debate sobre a sustentabilidade de orçamentos como esse com o contínuo enfraquecimento da venda de ingressos.

A balança do cinema agora depende de dois lançamentos muito esperados no próximo fim de semana, Barbie, da Warner Bros. e Oppenheimer, da Universal. A projeção é de que Barbie arrecade até US$ 426 milhões no mercado interno e Oppenheimer até US$ 194 milhões, de acordo com o Boxoffice Pro.

- Com a colaboração de Thomas Buckley.

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