Nvidia turbina aposta em infraestrutura de IA nos EUA com investimento de US$ 500 bi

Com apoio de gigantes asiáticas, empresa amplia fabricação doméstica com foco em chips e supercomputadores e expectativa de aumentar produção nos próximos 12 a 15 meses

As ações da Nvidia ganharam até 3% após o anuncio, recuperando em parte as perdas de até 17% neste ano até o final da semana passada
Por Brody Ford - Ed Ludlow
14 de Abril, 2025 | 02:21 PM

Bloomberg — A Nvidia, empresa dominante em chips para modelos de inteligência artificial, planeja produzir até meio trilhão de dólares em infraestrutura de IA nos EUA nos próximos quatro anos por meio de parcerias de fabricação.

A produção do chip de IA de última geração da Nvidia, conhecido como Blackwell, foi iniciada na nova fábrica da Taiwan Semiconductor Manufacturing em Phoenix. A Nvidia também está construindo fábricas de supercomputadores no Texas com a Foxconn e a Wistron e fazendo parceria com a Amkor e a Siliconware Precision Industries para operações de embalagem e teste no Arizona, disse a empresa em um comunicado na segunda-feira (14). Espera-se que a “produção em massa” aumente nos próximos 12 a 15 meses.

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“A adição da fabricação americana nos ajuda a atender melhor à incrível e crescente demanda por chips e supercomputadores de IA, fortalece nossa cadeia de suprimentos e aumenta nossa resiliência”, disse Jensen Huang, CEO da empresa sediada em Santa Clara, Califórnia, no comunicado.

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A Nvidia disse que o esforço marcaria a primeira vez que os supercomputadores de IA são produzidos nos EUA, um desenvolvimento que o presidente Donald Trump elogiou em sua conta na rede social Truth Social.

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As ações da Nvidia ganharam até 3%, para US$ 114,29 em Nova York na segunda-feira. As ações haviam caído 17% este ano até o final da semana passada, parte de um recuo do mercado que atingiu especialmente as ações de tecnologia.

Os fabricantes de eletrônicos de todo o mundo, incluindo os fabricantes de chips, estão sofrendo com as novas políticas tarifárias do governo Trump. No fim de semana, o presidente Donald Trump prometeu que ainda aplicará tarifas a telefones, computadores e produtos eletrônicos de consumo populares, minimizando uma isenção emitida na sexta-feira como apenas uma etapa processual em seu esforço geral para refazer o comércio dos EUA.

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Desde a eleição de Trump, empresas que vão desde a Apple até a Eli Lilly anunciaram planos de gastar bilhões de dólares para aumentar sua presença na fabricação nos EUA. Muitos dos planos já estavam em andamento antes da eleição ou seguem de perto as tendências de gastos anteriores.

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