Bloomberg — O governo da Turquia revelará em breve um acordo com a fabricante chinesa de carros elétricos BYD para a construção de uma fábrica que demandará investimento de US$ 1 bilhão no oeste do país, disseram autoridades à Bloomberg News nesta sexta-feira (5).
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deve anunciar o acordo na segunda-feira (8) durante uma cerimônia na província de Manisa, onde a fábrica será construída, disseram as autoridades, que pediram para não serem citadas porque não estão autorizadas a falar publicamente.
A BYD, a marca chinesa de veículos elétricos mais vendida no mundo, e a presidência turca não quiseram comentar.
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A nova fábrica pode representar à BYD um acesso mais fácil - ou menos oneroso - à União Europeia (UE), com a qual a Turquia tem um acordo aduaneiro. Nesta semana, a UE aumentou as tarifas sobre as importações de veículos elétricos chineses para até 48%.
Há também um mercado doméstico a seram atendido: os veículos elétricos representam 7,5% das vendas de carros no ano passado na Turquia, um país com uma população de quase 90 milhões de habitantes.
Nesta sexta-feira, a Turquia reduziu as tarifas recentemente impostas sobre as importações de veículos chineses em um esforço para incentivar o investimento.
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Essa decisão ocorreu após as conversas entre Erdogan e o presidente da China, Xi Jinping, na quinta-feira (4), durante uma reunião da Organização de Cooperação de Xangai em Astana, no Cazaquistão.
A BYD inaugurou sua primeira fábrica de veículos elétricos na Tailândia na quinta-feira. Ela também está em fase de construção uma fábrica no Brasil - o investimento estimado é de R$ 5,5 bilhões, segundo anúncio em março - e estuda outra no México. Além de uma fábrica na Hungria, ela tem pouca presença na Europa.
As inaugurações das novas fábricas ressaltam não apenas o esforço da BYD para se aproximar dos grandes mercados mas também para se proteger contra a ameaça de tarifas de importação.
- Com a colaboração de Danny Lee e Taylan Bilgic.
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