Na Xiaomi, aposta em veículos elétricos alavanca receita e supera projeções

Empresa de smartphones ganha destaque no acirrado setor de veículos elétricos, no qual entrou em março de 2024, e prevê entregas de 130 mil unidades de seu primeiro sedã neste ano

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Bloomberg — A receita trimestral da Xiaomi superou as expectativas dos analistas, uma vez que a empresa de smartphones ganhou posição no setor de veículos elétricos, no qual entrou em março.

As vendas aumentaram 31% para 92,5 bilhões de yuans (US$ 12,8 bilhões) no trimestre encerrado em setembro, de acordo com um comunicado da empresa divulgado nesta segunda-feira (18).

O resultado veio acima da estimativa média de 90,3 bilhões de yuans dos analistas consultados pela Bloomberg News.

Cerca de 9,5 bilhões de yuans em receita vieram de seus negócios de carros elétricos, que, juntamente com outras novas iniciativas, incorreram em uma perda líquida ajustada de 1,5 bilhão de yuans.

A Xiaomi tem como meta 130.000 entregas de seu primeiro sedã elétrico, o SU7, neste ano, disse o cofundador bilionário Lei Jun em uma postagem nas redes sociais horas antes do anúncio dos resultados.

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A empresa está aumenta a produção para reduzir o tempo de espera pelos carros, com a capacidade chegando a 20.000 unidades por mês em outubro.

A Xiaomi também busca reduzir sua dependência de um mercado volátil de smartphones, dominado globalmente pela Apple (AAPL) e pela Samsung Electronics.

O mercado de veículos elétricos da China é o maior do mundo, mas o setor enfrenta altas tarifas de exportação para os EUA e a União Europeia.

A empresa espera que seus negócios de smartphones e veículos elétricos cresçam ainda mais em 2025, disse o presidente da Xiaomi, Lu Weibing, em uma ligação com repórteres.

"Nosso negócio de smartphones ainda crescerá no próximo ano", disse Lu. "EV, como nosso novo negócio, será o que mais se expandirá entre todos os nossos negócios no próximo ano."

A Xiaomi pretende começar a fabricar e vender um veículo utilitário esportivo semelhante ao Modelo Y da Tesla já em 2025, informou anteriormente a Bloomberg News.

“Essa expansão de capacidade pode não apenas impulsionar o crescimento da receita da Xiaomi mas também ampliar a vantagem de escala da Xiaomi, o que pode eventualmente se traduzir em melhor lucratividade”, disse o Morgan Stanley em um relatório publicado antes da divulgação dos lucros.

O lucro líquido no período foi de 5,35 bilhões de yuans, em comparação com a estimativa de 4,73 bilhões de yuans dos analistas consultados.

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A Xiaomi manteve sua posição como a terceira maior fabricante de smartphones do mundo no período. As remessas de aparelhos aumentaram 3,3% no terceiro trimestre, em comparação com um aumento de 3,5% na Apple e um crescimento de 4,0% no setor mais amplo.

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