Bloomberg — A Prada desafiou a retração do mercado de luxo no último trimestre, uma vez que os consumidores fãs da grife mantiveram as compras de bolsas Arcadie e os cardigãs de cashmere da marca Miu Miu.
As vendas comparáveis no varejo do grupo italiano cresceram 18% no terceiro trimestre, informou a empresa listada em Hong Kong nesta quarta-feira.
As vendas de sua maior marca, a Prada, aumentaram 1,7%, enquanto as vendas da Miu Miu mais do que dobraram durante o período.
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A Prada tem superado os rivais da moda de alto padrão graças ao sucesso de seus produtos entre os consumidores da Geração Z, liderados pelas extraordinárias taxas de crescimento da marca irmã Miu Miu, que agora representa cerca de um quarto das vendas do grupo.
A marca foi a mais badalada durante o período, subindo um degrau em relação ao trimestre anterior no índice Lyst, que acompanha as pesquisas e as menções nas mídias sociais.
A Prada permaneceu em terceiro lugar. A bolsa Arcadie, da Miu Miu, mostrou-se especialmente popular, de acordo com o índice. Sua versão mini custa a partir de 1.850 euros (US$ 2.004) na França.
A Prada observou “condições de mercado mais desafiadoras” durante o trimestre na Ásia-Pacífico, onde as vendas cresceram 12%.
A região, prejudicada pela desaceleração do consumo na China, tem sido um obstáculo para outros concorrentes do setor de moda, desde a LVMH até a Kering, proprietária da Gucci.
O Japão registrou a maior taxa de crescimento entre as regiões, graças aos fortes gastos com turismo, disse a Prada.
A empresa deve ser capaz de nomear um novo CEO para a Miu Miu nos próximos dois meses, após a saída de Benedetta Petruzzo para se tornar diretora administrativa da Christian Dior Couture, disse o CEO da Prada, Andrea Guerra, na quarta-feira. A nova função de Petruzzo na grife LVMH foi anunciada no início do mês passado.
Miuccia Prada, neta do fundador do grupo, é diretora de criação da Miu Miu e divide essas funções na Prada com Raf Simons.
O mercado pode estar subestimando o crescimento que a Miu Miu pode gerar nos próximos 12 a 18 meses, escreveu Luca Solca, analista da Bernstein, em um relatório após a divulgação dos dados. Mas Solca acrescentou que está preocupado que a marca Prada possa estar “bem além de seu potencial de crescimento máximo”.
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