Mounjaro 2.0? Eli Lilly reporta testes positivos de pílula para diabetes e perda de peso

O medicamento, ainda em fase de análise, é uma alternativa às canetas como Ozempic; ações da farmacêutica americana dispararam até 14% nas negociações antes do pregão à vista em Nova York

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Bloomberg — As ações da Eli Lilly subiram depois que dados mostraram que sua pílula experimental ajudou pacientes diabéticos a perderem quantidades de peso semelhantes às dos medicamentos injetáveis GLP-1, o que a aproxima de se tornar uma alternativa às injeções para perda de peso.

O estudo é um dos vários que a Lilly está realizando para testar o medicamento, chamado orforglipron, em diabetes, obesidade e outras condições relacionadas, como a apneia do sono.

Os investidores e analistas esperavam que o medicamento funcionasse pelo menos tão bem quanto o Ozempic, a injeção para diabetes de grande sucesso da Novo Nordisk.

O estudo mostrou que os pacientes perderam 16 libras, ou 7,9% de seu peso corporal. Isso se compara favoravelmente ao Ozempic, no qual os pacientes diabéticos que tomaram a dose mais alta perderam cerca de 6% do peso corporal.

A pílula reduziu os níveis de açúcar no sangue em uma média de 1,3%. O Ozempic reduziu os níveis de açúcar no sangue em 2,1%.

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As ações da Lilly subiram até 14% nas negociações pré-mercado. As ações da Novo, listadas nos EUA, caíram 3,9% após os dados da Lilly.

Os recentes reveses da Pfizer e os resultados decepcionantes da Novo tornaram os estudos da Lilly alguns dos mais esperados do ano.

O principal estudo sobre obesidade da empresa não será concluído até pelo menos julho, de acordo com um banco de dados de estudos clínicos.

Se tudo correr bem, a empresa poderá obter uma aprovação para o início de 2026, disse o CEO David Ricks à Bloomberg TV em janeiro.

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