Moove, da Cosan, deve encerrar ‘seca’ de IPOs com listagem de US$ 438 mi em NY

Lote inicial considera a emissão de um total de 25 milhões de ações com faixa de preço entre US$ 14,50 e US$ 17,50, segundo documento enviado à SEC

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Bloomberg — A Moove, uma unidade do conglomerado empresarial Cosan (CSAN3), e seus acionistas buscam levantar até US$ 438 milhões em uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos que deve encerrar uma seca de três anos de listagens “puras” de empresas brasileiras.

A produtora e distribuidora de lubrificantes sediada em São Paulo colocou em oferta 6,25 milhões de ações em seu IPO, de acordo com comunicado enviado à SEC nesta terça-feira (1º).

O fundo de private equity CVC Capital Partners, que tem uma participação de 30%, busca vender 12,5 milhões de ações, enquanto a Cosan vai ofertar outros 6,25 milhões, totalizando 25 milhões de ações, considerando somente o lote básico. A faixa de preço foi definida entre US$ 14,50 e US$ 17,50 por ação.

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A listagem seria a primeira de um emissor brasileiro desde o IPO do Nubank (NU) em dezembro de 2021, desconsiderando operações de fusões com SPACs.

A Lavoro (LVRO), por exemplo, estreou na Nasdaq em março de 2023 depois de uma operação dessa modalidade de listagem. No mercado doméstico, a última empresa a abrir o capital foi a Vittia Fertilizantes e Biológicos (VITT3) em setembro do mesmo ano.

A Cosan deve ficar com uma participação de 60,4% na Moove após a listagem, segundo o documento.

O conglomerado, que é controlado pelo bilionário brasileiro Rubens Ometto, tem procurado reduzir a dívida e ponderou a venda de ativos, incluindo sua participação na Vale (VALE3) e a operação na Argentina da Raízen (RAIZ4), segundo noticiou a Bloomberg News citando fontes a par dos planos.

O fundo CVC deve deter uma participação de 17,1% após o IPO.

A oferta é liderada por JPMorgan, Bank of America, Citi, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander. A Moove planeja que suas ações sejam negociadas na NYSE sob o ticker MOOV.

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