Mina da Braskem sofre rompimento em Alagoas, diz Defesa Civil

O órgão ressaltou que o entorno está desocupado e que não há qualquer risco para a população

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10 de Dezembro, 2023 | 07:16 PM

Bloomberg Línea — A Defesa Civil de Maceió informou neste domingo (10) que houve um rompimento na mina 18 da Braskem (BRKM5), que enfrenta risco de colapso.

“Às 13h15 deste domingo, a mina 18 sofreu um rompimento, que pode ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange. No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações”, disse o órgão em nota.

“A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”, acrescentou.

Em nota, a Braskem informou que às 13h15 deste domingo “câmeras que monitoram o entorno da cavidade 18 registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade. Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada”.

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A empresa destacou ainda que “movimento semelhante ocorreu por volta das 13h45″ e que “o sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região”.

A companhia salientou no comunicado que “as autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas”.

Autoridades locais não deram detalhes sobre os volumes de água do rompimento. A reportagem aguarda retorno da Braskem sobre o questionamento.

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Ainda na manhã deste domingo, a Defesa Civil informou que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 é de 2,35 metros e a velocidade vertical é de 0,52 centímetros por hora, apresentando um movimento de 12,5 centímetros nas últimas 24 horas.

A operação de extração de sal-gema da Braskem foi encerrada em maio de 2019, após uma série de fissuras em ruas e casas de três bairros de Maceió colocar em risco milhares de moradores.

As primeiras rachaduras começaram a aparecer em 2018. No total, mais de 55 mil pessoas foram removidas de suas casas.

A petroquímica mantinha a operação há mais de quatro décadas, em uma atividade que envolvia poços de 900 a 1.200 metros de profundidade em um lago para extrair sal-gema, matéria-prima usada na produção de plástico.

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A unidade abastecia a planta Pontal da Barra, também em Maceió, que passou a operar com sal importado do Chile.

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Juliana Estigarríbia

Jornalista brasileira, cobre negócios há mais de 12 anos, com experiência em tempo real, site, revista e jornal impresso. Tem passagens pelo Broadcast, da Agência Estado/Estadão, revista Exame e jornal DCI. Anteriormente, atuou em produção e reportagem de política por 7 anos para veículos de rádio e TV.