Bloomberg Línea — A Defesa Civil de Maceió informou neste domingo (10) que houve um rompimento na mina 18 da Braskem (BRKM5), que enfrenta risco de colapso.
“Às 13h15 deste domingo, a mina 18 sofreu um rompimento, que pode ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange. No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações”, disse o órgão em nota.
“A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”, acrescentou.
Em nota, a Braskem informou que às 13h15 deste domingo “câmeras que monitoram o entorno da cavidade 18 registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade. Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada”.
A empresa destacou ainda que “movimento semelhante ocorreu por volta das 13h45″ e que “o sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região”.
A companhia salientou no comunicado que “as autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas”.
Autoridades locais não deram detalhes sobre os volumes de água do rompimento. A reportagem aguarda retorno da Braskem sobre o questionamento.
Ainda na manhã deste domingo, a Defesa Civil informou que o deslocamento vertical acumulado da mina 18 é de 2,35 metros e a velocidade vertical é de 0,52 centímetros por hora, apresentando um movimento de 12,5 centímetros nas últimas 24 horas.
A operação de extração de sal-gema da Braskem foi encerrada em maio de 2019, após uma série de fissuras em ruas e casas de três bairros de Maceió colocar em risco milhares de moradores.
As primeiras rachaduras começaram a aparecer em 2018. No total, mais de 55 mil pessoas foram removidas de suas casas.
A petroquímica mantinha a operação há mais de quatro décadas, em uma atividade que envolvia poços de 900 a 1.200 metros de profundidade em um lago para extrair sal-gema, matéria-prima usada na produção de plástico.
A unidade abastecia a planta Pontal da Barra, também em Maceió, que passou a operar com sal importado do Chile.
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