Bloomberg — A Meta Platforms (META) expandiu seu chatbot alimentado por Inteligência Artificial (IA) para 21 novos mercados, incluindo o Reino Unido e o Brasil, onde a gigante da mídia social tem um número significativo de usuários, anunciou a empresa nesta quarta-feira (9).
O Meta AI, chatbot da empresa, permite que os usuários conversem e obtenham recomendações em seus aplicativos de Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger.
A ferramenta também está disponível como assistente de voz nos óculos inteligentes e nos fones de ouvido de realidade mista da gigante de tecnologia. Quase 500 milhões de pessoas usam o Meta AI todos os meses, disse o CEO Mark Zuckerberg em setembro.
O Meta AI passou a ficar disponível a partir de quarta-feira no Reino Unido, no Brasil e em outros países da América Latina e da Ásia, anunciou a empresa em um comunicado.
Junto com a expansão, o chatbot também adicionará suporte a novos idiomas, incluindo o tagalo, o árabe e o tailandês no futuro. Em última instância, o Meta AI estará disponível em 43 países e em uma dezena de idiomas, informou a empresa.
Desde 2023, Zuckerberg tem concentrado o foco da empresa na adição de inteligência artificial a seus produtos, uma estratégia que é creditada por algum crescimento recente de usuários e sucesso de publicidade.
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A ênfase na IA, que exige o gasto de grandes quantias de dinheiro em poder de computação, é uma mudança em relação à atenção que a empresa dava anteriormente ao metaverso, um mundo virtual para trabalho e diversão. A mudança atraiu os investidores, que fizeram com que as ações subissem 67% neste ano, em comparação com um salto de 20% no S&P 500.
No início de 2024, a Meta também planejou lançar seu chatbot de IA na União Europeia (UE), antes de enfrentar uma resistência regulatória. O grande modelo de linguagem da empresa, chamado Llama, é treinado com publicações públicas no Facebook e no Instagram.
Em junho, a Meta anunciou planos para começar a treinar o Llama em publicações de usuários europeus, mas apenas alguns dias depois disse que iria pausar esses planos indefinidamente depois que a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados voltou atrás em sua decisão.
Na época, a Meta disse que ainda planejava trazer o produto para a Europa, mas se recusou a compartilhar um cronograma.
Um porta-voz da Meta disse que a empresa não tinha mais nada a compartilhar sobre seus planos de expandir o chatbot para a UE.
Os produtos da Meta enfrentaram desafios regulatórios na UE em relação ao manuseio de dados pessoais pela empresa.
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Em julho, a UE advertiu a Meta que ela corria o risco de ser multada por fazer com que os europeus pagassem para bloquear o uso de seus dados no Instagram e no Facebook para anúncios.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça da UE ordenou que a Meta parasse de usar dados relacionados à sexualidade de uma pessoa para segmentação de anúncios.
Junto com a expansão da Meta AI em seus aplicativos, o chatbot também estará disponível nos óculos Ray-Ban Meta no Reino Unido e na Austrália.
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