McDonald’s reforça aposta em ofertas de olho em consumidor mais sensível a preço

Rede de fast food mais famosa do mundo lança novas opções no mercado americano, em que a inflação mais elevada nos últimos trimestres afetou as suas vendas

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Bloomberg — O McDonald’s revelou uma revisão de sua plataforma voltada para lanches mais acessíveis nos EUA, que espera atrair os clientes que não querem gastar muito em seus restaurantes.

A nova linha McValue da empresa será lançada em 7 de janeiro de 2025, de acordo com um comunicado nesta sexta-feira (22). Ela incluirá a oferta de refeição de US$ 5 da rede, juntamente com uma oferta para comprar um item e adicionar outro por US$ 1.

Além disso, haverá ofertas locais e descontos para usuários do aplicativo. A Bloomberg News havia informado anteriormente sobre os planos.

Com a nova plataforma, os clientes podem "definir o valor em seus próprios termos", disse Joe Erlinger, presidente do McDonald's nos EUA.

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O McDonald’s tenta estimular o crescimento depois que suas vendas foram prejudicadas nos últimos trimestres, em parte porque os clientes americanos foram afetados por preços mais altos.

A rede já havia feito algum progresso antes que um surto de E. coli ligado a cebolas cortadas em seu sanduíche Quarteirão com Quejo afastasse muitos clientes.

A rede intensifica seus esforços para oferecer refeições a preços acessíveis depois de perder parte de sua reputação de rede de fast food que vende lanches a preços atrativos, disseram os líderes, incluindo o CEO global, Chris Kempczinski, nas teleconferências de resultados da empresa.

Os itens incluídos no novo “Compre um, adicione outro por US$ 1” vão desde burritos com salsicha até o McChicken, entre outros. A “McOferta” de US$ 5 do McDonald’s, lançada pela primeira vez em junho, estará disponível até o próximo verão no hemisfério norte. Sua duração foi prorrogada várias vezes.

O novo formato de lanche mais acessível do McDonald’s substituirá outra plataforma com itens vendidos por US$ 1 a US$ 3, lançada em 2018. Atualmente, é difícil encontrar itens na extremidade inferior da faixa, após os aumentos de preços alimentados pela inflação.

As ações da empresa caíram 2,7% neste ano até o fechamento de quinta-feira (21), em comparação com um aumento de quase 25% do índice S&P 500.

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