Bloomberg — As vendas do McDonald’s (MCD) caíram pela primeira vez desde 2020 no segundo trimestre, ficando aquém das expectativas dos analistas de um crescimento modesto.
As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), um indicador que acompanha os restaurantes abertos há mais de um ano, caíram 1% em relação ao ano anterior. Cada um dos segmentos geográficos do McDonald’s registrou quedas nas vendas.
Nos Estados Unidos, a tendência foi impulsionada por uma queda no tráfego de clientes que foi parcialmente compensada por preços mais altos.
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As ações subiam 4,5% por volta das 14h40 (horário de Brasília) em Nova York. Os papéis da rede de fast food caíram 15% este ano até o fechamento de sexta-feira (26), em comparação com um ganho de 14% do índice S&P 500 durante o mesmo período.
Os lucros, excluindo alguns itens, foram de US$ 2,97 por ação no segundo trimestre, abaixo da estimativa média dos analistas. A empresa também manteve seu guidance para a abertura de novas lojas e margem operacional. Os executivos do McDonald’s já haviam alertado sobre uma queda na demanda em todo o setor.
O crescimento das vendas do McDonald’s diminuiu este ano, à medida que os clientes de todo o mundo reduziram o consumo de Big Macs, prejudicados por anos de aumentos de preços e orçamentos familiares apertados.
No final do último trimestre, a empresa lançou um combo promocional de US$ 5 nos EUA para convencer os clientes de que ainda é uma opção acessível.
Os primeiros resultados sugerem que a oferta está atraindo clientes, embora qualquer aumento nas vendas não seja visível até o final deste ano. A rede também introduziu no menu itens de edição limitada na esperança de atrair clientes, como um McCrispy de bacon cajun e um McFlurry “vovó”.
A rede permanecerá focada no "valor confiável e cotidiano", à medida que os clientes se tornam mais exigentes com seus gastos, disse o CEO Chris Kempczinski, de acordo com um comunicado. Outras prioridades estratégicas incluem a linha de frango da rede e seu programa de fidelidade.
Fora dos EUA, os boicotes à guerra entre Israel e Hamas continuam a afetar as vendas no segmento que inclui o Oriente Médio. A empresa já havia alertado anteriormente que a queda continuaria até que o conflito fosse resolvido. O McDonald's também relatou quedas nas vendas nas mesmas lojas na China e na França.
As vendas em todo o sistema, uma métrica que inclui negócios em novos restaurantes, também sofreram uma queda, sugerindo que as aberturas não estão compensando a fraqueza das unidades existentes.
A rede de fast food está em meio a um ambicioso plano de expansão, buscando ter 50.000 locais em todo o mundo até 2027, em comparação com cerca de 42.000 no início deste ano.
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