Marisa realiza nova mudança na gestão e Andrea Menezes assume como CEO

Executiva que fazia parte do conselho de administração substituirá João Nogueira Batista, que estava no cargo havia um ano; mudança tem efeito imediato

Loja Marisa no Shopping Recife
04 de Fevereiro, 2024 | 06:55 PM

Bloomberg Línea — A Marisa (AMAR3) tem uma nova CEO. A varejista de moda informou que a executiva Andrea Menezes será a nova presidente executiva da companhia em substituição a João Nogueira Batista, que assumiu o cargo há um ano em momento de reestruturação.

A mudança no comando foi informada por meio de comunicado ao mercado neste domingo (4). A substituição já é válida a partir de hoje.

“A troca na gestão da companhia ocorre em atendimento ao plano de reestruturação traçado pela diretoria e pelo conselho de administração da companhia, que a partir desta data entra em nova fase e contemplará, dentre outros vetores, o reposicionamento comercial da companhia”, disse o comunicado da varejista.

Com a troca, a atual CFO, Roberta Ribeiro Leal, vai acumular a função de diretora de relações com investidores, que ficava a cargo do CEO anterior, João Nogueira Batista.

PUBLICIDADE

Quem é Andrea Menezes, nova CEO da Marisa

Antes da nomeação, Andrea Menezes ocupava a posição de membro independente do conselho de administração. A executiva trabalhou por 27 anos no setor financeiro e atuou por seis anos como CEO do Banco Standard de Investimentos e Standard Bank, segundo comunicado da empresa.

Ela também foi conselheira do Banco Fibra por quatro anos e teve passagens por JPMorgan, Banco Cargill, Merrill Lynch e Lehman Brothers Brasil.

Ela é conselheira certificada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa-IBGC, possui MBA em ESG (IBMEC) e Relações Governamentais (FGV), além ser mestre em Ciências (Física) pela USP.

A mudança na gestão ocorre depois de uma fase de reestruturação que coincidiu com dificuldades para uma série de empresas do setor. Os problemas se agravaram com a revelação de um rombo contábil bilionário da Americanas (AMER3), que afetou a liberação de crédito para companhias do segmento e gerou preocupações para os bancos.

No ano passado, a Marisa recebeu um aporte de R$ 90 milhões dos acionistas controladores, a família Goldfarb, no seu braço financeiro, a MPagamentos. O plano previa o fechamento de cerca de 90 lojas com geração de caixa negativo em sua rede então com 334 unidades.

Em fevereiro do ano passado, a Marisa anunciou ao mercado a saída do então CEO Adalberto Pereira Santos e a contratação da BR Partners para cuidar da reestruturação das dívidas, e da Galeazzi Associados, para aperfeiçoar a estrutura de custos.

As ações da empresa encerraram 2023 com perdas acumuladas de 40%. A queda continuou em 2024, com a desconfiança dos investidores. Os papéis acumulam queda de 30,9% desde o início do ano até o fechamento de sexta-feira (2).

PUBLICIDADE

Leia também

Bilionário ativista trava batalha com a Disney e diz ter plano para alavancar empresa

Como uma aposta do Julius Baer gerou uma perda de US$ 700 mi e derrubou o CEO