Bloomberg — A Mars concordou em comprar a Kellanova, anteriormente conhecida como Kellogg Company, por quase US$ 36 bilhões, em um dos maiores negócios do ano que une duas grandes empresas de alimentos com marcas muito conhecidas do mercado consumidor.
A Mars, conhecida fabricante de chocolates e doces como Snickers, M&M’s, Twix e Skittles, entre outras marcas, pagará em dinheiro o equivalente a US$ 83,50 por ação pela fabricante dos chips Pringles e dos waffles Eggo, disseram as empresas em um comunicado nesta manhã de quarta-feira (14).
No Brasil, as marcas da Kellanova incluem cereais como Corn Flakes e Sucrilhos.
Leia mais: Como a Unilever cresceu 50% em alimentos em 3 anos de olho nas novas gerações
As ações da Kellanova subiam perto de 8% nas negociações antes da abertura do mercado à vista em Nova York. A Mars tem capital fechado.
A indústria de alimentos embalados tem enfrentado queda nos volumes, crescimento desacelerado e um consumo global enfraquecido. Empresas estão em busca de inovação e novos mercados para impulsionar as vendas, à medida que os consumidores começam a resistir aos aumentos de preços. Há também uma tendência de busca por alimentos mais saudáveis, em contraponto aos que são processados.
A Kellanova tem se saído melhor do que a maioria de seus concorrentes, com uma sequência de resultados considerados fortes desde que se desmembrou do negócio de cereais na América do Norte, a WK Kellogg, em outubro do ano passado.
No início deste mês, a Kellanova elevou sua previsão de resultado para o ano inteiro, pois novos produtos e marketing impulsionaram as vendas no segundo trimestre.
Leia mais: Os M&A estão de volta. Mas o bônus pelos negócios deve demorar mais tempo
Para a Mars, a compra da Kellanova ajudará a diversificar seu portfólio, concentrado em chocolates, reduzindo a exposição ao cacau, cujos preços subiram para níveis históricos neste ano. A Kellanova também ajudaria a Mars a se expandir em mercados internacionais.
Analistas disseram que a fusão entre Mars e Kellanova não deve enfrentar grandes preocupações antitruste devido à sobreposição limitada entre os produtos das duas empresas.
- Em atualização.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
A divisão de sorvetes da Unilever é uma potência. Por que ela se tornou um desafio
Na Ambev, a estrela da vez é a Corona, que cresceu 70%. E terá mais investimento
