Lucro da Rio Tinto cai 12% em 2023, mas mineradora eleva dividendos

Maior mineradora de minério de ferro do mundo registrou lucro subjacente de US$ 11,8 bi, em grande parte em linha com as estimativas dos analistas

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Bloomberg — O lucro subjacente, que exclui itens não recorrentes, do Grupo Rio Tinto caiu 12% no ano passado devido a preços mais fracos de commodities e custos crescentes. A empresa, contudo, conseguiu elevar o pagamento de dividendos.

A maior mineradora de minério de ferro do mundo registrou um lucro subjacente de US$ 11,8 bilhões, em grande parte em linha com as estimativas dos analistas. A companhia pagará um dividendo total de US$ 2,58 por ação em comparação com US$ 2,25 no ano anterior, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (21).

A recuperação decepcionante pós-pandemia na China, a maior nação consumidora de metais, tem feito pressão negativa sobre a demanda por commodities industriais.

Embora os preços do minério de ferro tenham permanecido relativamente resistentes durante o trimestre, a matéria-prima utilizada na produção de aço atingiu o menor patamar em três meses nesta semana, em meio a crescentes preocupações sobre a demanda de aço na maior economia da Ásia.

“Continuaremos pagando dividendos atraentes e investindo na força de longo prazo de nossos negócios à medida que crescemos nos materiais necessários para descarbonizar o mundo”, disse o Diretor Executivo Jakob Stausholm no comunicado.

A Rio Tinto informou que teve encargos líquidos de deterioração durante o período de US$ 700 milhões, principalmente relacionados às suas refinarias de alumina na Austrália.

“Isso foi desencadeado pelas condições desafiadoras do mercado enfrentadas por esses ativos, juntamente com nossa compreensão aprimorada dos requisitos de capital para descarbonização e o recente aumento dos custos das emissões de carbono”, disse a empresa.

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