Bloomberg — A Walt Disney divulgou os resultados do primeiro trimestre fiscal que superaram as estimativas dos analistas, impulsionados pelo sucesso de bilheteria de filmes e pela maior receita de seus serviços de streaming.
Excluindo alguns itens, os lucros aumentaram para US$ 1,76 por ação, informou a Disney na quarta-feira em um comunicado, o que superou a média de US$ 1,42 das estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg News.
A receita no período encerrado em 28 de dezembro ficou ligeiramente acima das expectativas, e aumentou 5% para US$ 24,7 bilhões.
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O melhor desempenho da operação de streaming e do estúdio de cinema da Disney levou a um ganho de 31% no lucro operacional do trimestre. Outros negócios da Disney enfrentaram dificuldades, com queda nos lucros das redes de TV e pouca alteração nos ganhos dos parques temáticos.
"De modo geral, este trimestre provou ser um forte início de ano fiscal, e continuamos confiantes em nossa estratégia de crescimento contínuo", disse o CEO Bob Iger no comunicado. As ações saltaram cerca de 2,4% nas negociações do pré-mercado.
Durante o período, a Disney aumentou o preço dos serviços de streaming Disney+ e Hulu em até 25%. Isso contribuiu para o lucro de US$ 293 milhões no período, em comparação com o prejuízo do ano anterior, juntamente com uma queda nos assinantes do Disney+ para 124,6 milhões de contas. Os analistas estavam prevendo um total de 119 milhões de assinantes.
O trimestre marcou o terceiro período consecutivo de lucratividade em streaming para a Disney, sediada em Burbank, Califórnia, ajudada pela introdução de um nível suportado por anúncios e pela proibição do compartilhamento de senhas, bem como pelos preços mais altos.
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A divisão que inclui o estúdio cinematográfico da Disney apresentou lucros de US$ 312 milhões, revertendo também o prejuízo do ano anterior, impulsionado por Moana 2. O longa-metragem animado estreou em 27 de novembro e gerou US$ 1,04 bilhão em vendas globais de bilheteria.
Esses ganhos se contrapuseram a um trimestre difícil para os parques e negócios de transmissão da Disney.
A Disney informou uma receita operacional de US$ 3,11 bilhões de sua divisão de experiências, que inclui parques temáticos e cruzeiros.
Esse valor foi pouco alterado em relação ao ano passado e reflete o impacto dos furacões Milton e Helene, bem como as despesas relacionadas ao lançamento do navio de cruzeiro Disney Treasure no período.
O mau tempo fechou os parques da Disney na Flórida por um dia e levou ao cancelamento de um cruzeiro.
Os negócios de transmissão e TV a cabo da Disney sofreram uma queda na receita e no lucro, resultado de custos de programação mais altos e menos assinantes em canais dedicados ao entretenimento. As vendas cresceram no negócio de esportes ESPN, enquanto seus ganhos domésticos diminuíram devido a custos mais altos.
Em novembro, a Disney previu um crescimento de um dígito alto nos lucros ajustados para o ano fiscal de 2025, bem como aumentos de dois dígitos nos lucros para 2026 e 2027, à medida que a reviravolta sob o comando de Iger ganha impulso.
A empresa também previu que a receita operacional de suas plataformas de streaming será aproximadamente US$ 875 milhões maior do que no ano passado.
No geral, o crescimento da receita operacional será ponderado para o segundo semestre do ano fiscal de 2025, disse o diretor financeiro Hugh Johnston em uma conferência com investidores do UBS em dezembro.
Ele citou comparações mais fáceis com o final de 2024, depois de enfrentar o aumento dos custos de mão de obra no Walt Disney World, na Flórida, e a concorrência por turistas na Europa, como resultado das Olimpíadas de Paris.
Embora a Disney espere um impacto da abertura do Universal Epic Universe da Comcast em Orlando em maio de 2025, as reservas de verão no Walt Disney World estão em alta, disse Johnston.
A empresa recomprou ações no valor de US$ 794 milhões no trimestre e planeja recomprar mais ações no valor de US$ 3 bilhões no ano fiscal de 2025. A Disney buscará aumentar seus dividendos de acordo com os lucros.
A outra principal prioridade da empresa é encontrar um sucessor para Iger, cujo contrato termina em dezembro de 2026. A Disney se comprometeu a anunciar um sucessor no início de 2026. Esse esforço está sendo liderado pelo ex-CEO do Morgan Stanley, James Gorman, que se tornou presidente da Disney em janeiro.
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