Bloomberg — A KLM adiará ou cancelará investimentos planejados anteriormente e considerará a possibilidade de vender operações não essenciais, à medida que busca reduzir os custos.
A transportadora, de propriedade do grupo Air France-KLM, espera que as medidas melhorem seu resultado operacional em 450 milhões de euros (US$ 497 milhões) no curto prazo e levem a uma margem de lucro de mais de 8% em 2026-2028, disse em um comunicado nesta quinta-feira (3).
As ações da Air France-KLM subiram até 2,3% mais cedo e estavam 1% mais altas às 9h51 em Paris.
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Os custos mais altos de equipamentos, pessoal, taxas aeroportuárias e atrasos na entrega de aeronaves prejudicaram as previsões de várias companhias aéreas europeias neste ano.
A Air-France KLM reduziu sua perspectiva de capacidade para o ano e iniciou um “congelamento” de contratações em julho, enquanto a rival alemã Lufthansa também reduziu o guidance para o lucro e deu início a um plano de corte de custos para combater a queda dos preços das passagens e a lenta recuperação das viagens corporativas desde a pandemia.
Na quinta-feira, a KLM informou que operará menos voos devido à escassez de técnicos e a problemas de fornecimento de peças. A companhia holandesa disse que tem adotado medidas para reduzir o número de cancelamentos e poderá examinar a terceirização parcial do serviço de manutenção.
As outras medidas incluem reconsiderar e adiar investimentos, tais como planos para uma nova sede e prédios de engenharia e manutenção. A empresa também busca reduzir os custos com a reorganização de seus serviços de voo e sessões de treinamento, informou a empresa.
A medida foi criada para ajudar a KLM a realizar seus investimentos planejados na renovação da frota. A companhia aérea já havia delineado planos para investir 7 bilhões de euros na renovação de sua frota nos próximos anos. Ela pretende substituir seus antigos modelos 737 da Boeing por aeronaves A320neo e A321neo da Aurbus para as rotas europeias.
A companhia aérea também explora o desinvestimento ou o encerramento de atividades que “não contribuem diretamente para a operação de voos”, disse, sem apresentar detalhes.
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