JPMorgan surpreende em receita com juros, mas Jamie Dimon segue cauteloso

O maior banco americano teve um ganho de 3% em NII, enquanto o mercado projetava queda, mas o CEO alertou para ‘questões críticas’ como a incerteza geopolítica com efeito de longo prazo

O JPMorgan Chase revisou para cima a sua projeção de receita líquida de juros no exercício de 2024
Por Hannah Levitt
11 de Outubro, 2024 | 09:39 AM

Bloomberg — O JPMorgan Chase & Co. divulgou um ganho surpreendente com sua receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) no terceiro trimestre e elevou sua previsão para a principal fonte de receita, mesmo diante das expectativas de que as taxas de juros dos Estados Unidos continuarão a cair.

A receita das operações do banco em Wall Street - maior dos EUA - também desafiou as estimativas dos analistas, com os fees de banco de investimento em alta de 31%, muito acima das estimativas de um ganho de 16%. O trading de ações registrou um aumento de 27% na receita.

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Apesar do desempenho, o CEO Jamie Dimon apresentou uma perspectiva econômica um tanto sombria.

“Embora a inflação esteja desacelerando e a economia dos EUA permaneça resiliente, várias questões críticas permanecem, incluindo grandes déficits fiscais, necessidades de infraestrutura, reestruturação do comércio e remilitarização do mundo”, disse Dimon em um comunicado na sexta-feira (11).

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Na frente geopolítica, Dimon disse que "as condições são traiçoeiras e estão piorando", e o resultado "pode ter efeitos de longo alcance sobre os resultados econômicos de curto prazo e, mais importante, sobre o curso da história".

Depois que o Federal Reserve adotou seu primeiro corte nas taxas de juros em mais de quatro anos no mês passado, os analistas começaram a reduzir suas previsões de quanto os bancos poderiam esperar gerar com seus negócios de empréstimos.

Mas o JPMorgan (JPM) disse que sua receita líquida de juros aumentou 3%, para US$ 23,4 bilhões, superando as expectativas de um ligeiro declínio. O banco disse que a NII para 2024 chegará a cerca de US$ 92,5 bilhões, em comparação com sua previsão anterior de cerca de US$ 91 bilhões.

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As ações do JPMorgan, com alta de 25% neste ano até quinta-feira, avançaram 2% no início do dia em Nova York, nas negociações antes do pregão à vista.

O JPMorgan deu início à temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre dos grandes bancos de Wall Street, juntamente com o Wells Fargo.

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Bank of America, o Citigroup, o Goldman Sachs e Morgan Stanley divulgam na próxima semana.

Os acionistas estão ansiosos após um período de recordes.

No mês passado, o presidente do JPMorgan, Daniel Pinto, disse que as estimativas dos analistas para o NII do banco em 2025 não eram “muito razoáveis”, dadas as expectativas de redução das taxas de juros, fazendo com que as ações sofressem a maior queda em mais de quatro anos.

Os resultados da empresa incluíram uma provisão de US$ 3,11 bilhões para perdas com empréstimos e US$ 2,09 bilhões em baixas líquidas, totalizando um aumento de reserva de aproximadamente US$ 1 bilhão.

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