Bloomberg Línea — O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 10,1 bilhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 15,2% em 12 meses.
O ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado) no período foi de 22,4%. O indicador de rentabilidade cresceu 1,5 ponto percentual em 12 meses e 0,5 p.p. em três meses, de acordo com os resultados divulgados na noite desta terça-feira (6).
Em comunicado à imprensa, o maior banco do país afirmou que o aumento da margem financeira com clientes, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira de crédito e maiores receitas de serviços e seguros, estava entre os fatores que mais influenciaram os resultados.
“Estamos bastante satisfeitos com os resultados consistentes deste trimestre, que demonstram a força e a solidez das nossas diferentes linhas de negócios”, disse o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, no comunicado.
As ações do Itaú enceraram o pregão desta terça-feira em alta de 2,22%, a R$ 33,68, antes da divulgação dos resultados, em um dia de recuperação nos mercados e ganhos dos papéis das principais instituições financeiras.
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O banco destacou ainda que o custo do crédito totalizou R$ 8,8 bilhões no segundo trimestre, queda anual de 6,7%.
“O cenário positivo na qualidade de crédito, em função das safras recentes, e a consequente melhora nos índices de inadimplência justificam a redução da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa na comparação anual”, afirmou a instituição financeira, acrescentando que a recuperação de créditos baixados como prejuízo foi maior no período.
Segundo o Itaú, a carteira de crédito total avançou 8,9% no comparativo anual, alcançando o montante de R$ 1,254 trilhão em junho.
A carteira de pessoas físicas teve incremento de 3,2% em 12 meses. O banco informou também os crescimentos de 9,7% em crédito pessoal, 7,5% em veículos e 2,8% em crédito imobiliário.
Na carteira de pessoas jurídicas, o Itaú enfatizou o desempenho em crédito rural, crédito imobiliário e financiamento à exportação e importação.
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Já as receitas de serviços e seguros registraram um avanço de 10,4% em 12 meses, impulsionadas por quatro fatores principais, segundo o banco: aumento do faturamento em emissão de cartões, maiores ganhos com administração de fundos e de consórcios; crescimento das receitas com assessoria econômico-financeira e corretagem; e maior resultado de seguros em função do aumento dos prêmios ganhos.
O índice de eficiência do banco no acumulado de 12 meses ficou em 39,3%, uma redução de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. É o menor patamar desde a fusão entre Itaú e Unibanco, segundo a nota. Nesta quarta-feira (7), o banco comenta o resultado em teleconferências com analistas e jornalistas.
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