Bloomberg — O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, está prestes a garantir um bônus de € 100 milhões (cerca de US$ 110 milhões) se as ações da companhia aérea low-cost (de baixo custo) - uma das mais famosas do segmento - continuarem a subir, segundo noticiou o Financial Times.
De acordo com um plano de bônus acertado em 2019, O’Leary, de 62 anos, tem a chance de ganhar opções de ações avaliadas em aproximadamente € 100 milhões se as ações da empresa irlandesa mantiverem um preço de 21 euros por 28 dias consecutivos, disse o jornal britânico. O pagamento seria na forma de opções para adquirir 10 milhões de ações a € 11,12 cada.
As ações da Ryanair, que subiram mais de 50% neste ano, ainda não atingiram esse nível crítico. Elas fecharam em uma cotação máxima recorde de € 18,84 na sexta-feira (15).
Analistas são otimistas quanto à continuidade da valorização das ações da Ryanair, com um preço-alvo médio de € 24,10 nos próximos 12 meses, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Apenas um dos 17 analistas com estimativas compiladas pela Bloomberg coloca a meta de 12 meses abaixo de 21 euros.
Originalmente previsto para expirar em 2024, o plano de incentivo de O’Leary foi prorrogado até 2028 em dezembro de 2022, segundo o FT, quando as ações da empresa eram negociadas abaixo de € 13.
Mesmo que as ações não alcancem o limiar especificado, O’Leary, CEO desde 1994, ainda pode receber o pagamento se a companhia aérea de baixo custo relatar lucros anuais de € 2,2 bilhões após impostos. A Ryanair afirmou em novembro que o lucro anual em 2023 estará na faixa de € 1,85 bilhão a € 2,05 bilhões.
A companhia aérea alertou que um custo significativamente mais alto com combustível e atrasos nas entregas de aeronaves da Boeing estão gerando efeitos adversos.
Os custos adicionais com combustível significam que, para a Ryanair, será “improvável” replicar o desempenho do terceiro trimestre fiscal do ano passado, disse a empresa, enquanto a visibilidade para o tradicionalmente fraco quarto trimestre permanece “muito limitada”.
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