Bloomberg — A Hennes & Mauritz (H&M) registrou um lucro mais fraco do que o esperado em seu primeiro trimestre, atingido pelo fortalecimento da coroa sueca e pelo aumento dos descontos em suas roupas. As ações caíram como reação de investidores aos resultados.
O lucro operacional de 1,2 bilhão de coroas suecas (US$ 120 milhões) da rede de fast fashion nos três meses até 28 de fevereiro foi muito menor - na ordem de 35% - do que o 1,9 bilhão de coroas esperado pelos analistas.
A tendência continua no trimestre atual, com a empresa sobrecarregada por níveis de estoque excessivos e custos de compra mais altos. As vendas líquidas atingiram 55,3 bilhões de coroas, abaixo dos 55,8 bilhões de coroas que os analistas esperavam.
Embora a H&M esteja fazendo “progressos importantes” em seu turnaround, as vendas e os lucros no trimestre foram “um pouco mais fracos do que o planejado”, disse a empresa na quinta-feira.
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O CEO Daniel Erver, um veterano da empresa que assumiu o cargo em janeiro do ano passado, tem buscado reavivar o crescimento da linha superior e reconstruir a fé na meta de crescimento de médio prazo da varejista sueca para lucros antes de juros e impostos de 10%.
O último trimestre mostra que seus esforços para superar os problemas da empresa por meio de maiores gastos com marketing não trouxeram o aumento sustentável das vendas que os analistas esperavam.
As ações da H&M caíram até 5,1% no início das negociações em Estocolmo, a maior queda intradiária desde 12 de março.
Os resultados mais fracos da H&M ocorreram no momento em que a Next elevou sua orientação de lucro para o ano fiscal atual na quinta-feira, depois de ter superado £ 1 bilhão de lucro no ano passado.
O varejista britânico de roupas e artigos para o lar disse que a empresa está crescendo em muitas frentes, com as vendas no país e no exterior aumentando e sua Plataforma Total, onde vende marcas de terceiros on-line, também mostrando um bom crescimento.
As ações da Next subiram até 9% no início das negociações em Londres.
No início deste mês, a rival Inditex - proprietária da Zara - relatou um início de ano decepcionante, sob o impacto dos cortes nos gastos dos consumidores em momento de desaceleração em grande parte da economia global.
O maior varejista de roupas listado do mundo viu suas ações despencarem com o relatório.
A H&M, controlada pela família Persson da Suécia, disse que seus números preliminares de vendas para março mostram um aumento de 1% em moedas locais em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
A empresa disse que o efeito negativo de fatores externos, aumento de remarcações e investimentos em ofertas aos clientes é estimado como sendo significativamente menor no segundo trimestre do que no primeiro.
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