Hertz é rebaixada pelo Morgan Stanley, que cita necessidade de mais mudanças

Gigante global de locação de carros que anunciou há um mês a venda de 20.000 carros elétricos comunicou uma reestruturação mais ampla: ‘mais precisa ser feito’, dizem analistas

A Hertz anunciou no começo do ano que vai vender 20.000 modelos de carros elétricos de sua frota (Foto: David Paul Morris/Bloomberg)
Por Subrat Patnaik
08 de Fevereiro, 2024 | 12:32 PM

Bloomberg — O Morgan Stanley (MS) tinha se tornado otimista em relação à Hertz Global (HTZ) em meados de janeiro, citando as mudanças positivas que a gigante do aluguel de carros estava fazendo em sua frota de veículos elétricos. O banco de investimento de Wall Street agora reverteu essa visão.

Analistas liderados por Adam Jonas rebaixaram sua recomendação sobre as ações para o equivalente a neutro, desfazendo o upgrade de 17 de janeiro.

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A Hertz havia anunciado no mês passado que iria se desfazer de 20.000 Teslas, o equivalente a cerca de um terço de sua frota elétrica, alegando prejuízos com o aluguel (ou a falta de demanda) desses carros. O anúncio desta semana de uma reestruturação mais ampla e sinais de um compromisso contínuo com os veículos elétricos destacam os riscos enfrentados pela empresa, disseram os analistas.

“Embora a redução de sua frota de Teslas seja um primeiro passo importante, acreditamos que mais precisa ser feito”, escreveu Jonas em uma nota para os clientes. “Temos uma confiança incrementalmente menor de que a HTZ está mudando fundamentalmente sua estratégia de frota.”

O analista escreveu também que há “menos visibilidade e transparência em relação aos principais fatores econômicos” do que ele esperava para o ano.

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Evolução das ações da Hertz desde agosto do ano passado e após o upgrade e o downgrade do Morgan Stanley

O Morgan Stanley também reduziu o preço-alvo das ações para US$ 10, mantendo-o apenas 50 centavos acima do preço médio-alvo de US$ 9,50 de analistas de mercado.

A Hertz agora tem uma recomendação de compra, oito neutras e nenhuma indicação de venda entre os analistas monitorados pela Bloomberg.

As ações da empresa, que caíram 16% no acumulado deste ano, recuaram até 3,3% nas negociações pré-mercado nos EUA nesta quinta-feira (8).

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