Bloomberg — A Heineken informou que os volumes de cerveja caíram menos do que o esperado, mesmo com o atraso da Páscoa, que reduziu a demanda por suas marcas mais vendidas na Europa e nas Américas.
Os volumes da segunda maior cervejaria do mundo caíram 2,1% durante o primeiro trimestre, um declínio menor do que o esperado pelos analistas, com as remessas atrasadas devido à Páscoa que ocorreu no final do ano.
As ações da Heineken subiram até 3% no início das negociações em Amsterdã. A ação subiu cerca de 12% desde o início do ano.
As quedas de volume nas Américas e na Europa foram parcialmente compensadas pelo crescimento na região da Ásia-Pacífico e na África e no Oriente Médio, informou a cervejaria na quarta-feira.
A Heineken disse que os volumes de cerveja superaram o desempenho do mercado na Nigéria, com crescimento no Egito e na Argélia "na casa dos dez". O Vietnã, que havia sofrido um declínio, está agora em recuperação com fortes vendas durante o festival Tet do país.
Os volumes dos EUA diminuíram em um dígito alto, atingidos por gastos fracos entre os compradores hispânicos.
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A Heineken está entre as marcas de cerveja que lutam contra as tarifas nos EUA, e a empresa disse que prevê a volatilidade macroeconômica contínua que pode afetar os consumidores, observando que mais de 95% de seu volume total é produzido localmente.
A cervejaria também disse que sua perspectiva para o ano inteiro permanece inalterada, com crescimento esperado do lucro operacional entre 4% e 8% para 2025.
"Isso representa outro trimestre de entrega com alguns sinais positivos nos principais motores de crescimento, incluindo Vietnã, México, Brasil e Índia", escreveu Edward Mundy, analista da Jefferies, em uma nota.
Duncan Fox, analista da Bloomberg Intelligence, disse que a estratégia de marca premium da empresa está “conquistando os consumidores mesmo quando as carteiras estão apertadas”, com a marca Heineken respondendo por 27% do volume total e crescendo 4,6% organicamente durante o trimestre.
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