St Marche entra com pedido de recuperação extrajudicial com dívida de R$ 528 milhões

A negociação com seu principal credor financeiro se mostrou como o caminho viável sem penalizar outros credores, funcionários e fornecedores, segundo documento

Por

Bloomberg — O Grupo St Marche entrou com pedido de homologação de sua reestruturação extrajudicial negociada com seu principal credor financeiro.

O pedido, protocolado na quarta-feira (16) em um tribunal de São Paulo, listou passivos de cerca de R$ 528 milhões (US$ 90,2 milhões), de acordo com um documento visto pela Bloomberg News.

O pedido “se mostrou como o caminho viável à sua efetiva reestruturação” sem penalizar outros credores, funcionários e fornecedores, diz o documento. O plano já foi negociado, aprovado e assinado por um credor que detém mais da metade dos créditos abrangidos, afirma.

O St Marche não respondeu imediatamente a pedido de comentário.

Leia também: Grupo St Marche, endividado, pede tutela cautelar e foca em reestruturação

O Globo noticiou o pedido mais cedo nesta quinta-feira (17), acrescentando que a expectativa é que a empresa seja vendida assim que a reestruturação for resolvida.

A St Marche, a rede de supermercados voltada para consumidores de alta renda, foi fundada em 2002 por Bernardo Ouro Preto e Victor Leal. A rede, que tem sede em São Paulo, é controlada pela L Catterton, empresa de private equity apoiada pelo bilionário francês Bernard Arnault, que investiu em 2016 e vinha tentando vender sua participação, segundo a mídia local.

Leia também: Grupo St Marche tenta reestruturar dívida com credores, segundo fontes

O processo de reestruturação extrajudicial do grupo foi tornado público em fevereiro, quando o grupo solicitou tutela cautelar de urgência contra seus credores enquanto avaliava alternativas para reestruturar sua dívida.

Veja mais em bloomberg.com