GPA recusa pela segunda vez proposta de bilionário colombiano pelo Éxito

Jaime Gilinski havia oferecido US$ 586 milhões por 51% da rede colombiana de supermercados; empresa brasileira disse que proposta não oferecia valor pela aquisição do controle

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Bloomberg Línea — O GPA (PACR3) recusou pela segunda vez a proposta do bilionário colombiano Jaime Gilinski pela rede de supermercados Éxito. A decisão do conselho de administração foi informada por meio de fato relevante na noite desta quinta-feira (20).

A nova oferta havia sido apresentada na terça-feira (18) e correspondia a US$ 586 milhões por 51% da rede colombiana, com aumento de mais de 30% do valor por ação em relação à proposta inicial (ver mais abaixo).

Segundo o GPA, a oferta foi recusada por unanimidade pelos integrantes do seu conselho de administração, com recomendação de rejeição pelos assessores financeiros da companhia.

“O preço ofertado não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação visando uma participação de controle e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas”, disse o Grupo Pão de Açúcar no fato relevante.

“Além disso, os termos da nova oferta, conforme apresentado, não oferecem elementos suficientes no sentido de assegurar ao conselho de administração quanto ao caráter vinculante da nova oferta e à expectativa razoável de conclusão de uma transação que dela derive”, completou.

A empresa brasileira, que detém 96,52% do capital do Éxito, havia inicialmente recebido no fim de junho uma oferta de Gilinski de US$ 836 milhões por essa participação integral.

Diante das razões apresentadas para a nova recusa, a direção do GPA fez questão de ressaltar os pontos que considera “requisitos mínimos” para quaisquer novas ofertas pelo Éxito:

  • “Consideração financeira que reflita a aquisição de uma participação de controle”;
  • “Apresentação de evidência de funding pelo proponente para o valor total do preço a ser proposto em pagamento à quantidade de ações de Éxito que se pretende adquirir”;
  • “Cronograma de implementação da transação claro, detalhando todas as etapas, documentos e aprovações relevantes para a concretização da transação”, entre outros pontos.

O GPA está em processo de cisão do Éxito desde o ano passado, com o plano de entregar a maior parte da companhia para os seus acionistas. O objetivo é o de destravar valor para os mesmos, a exemplo do que buscou fazer com a cisão do Assaí (ASAI3).

O próprio Grupo Pão de Açúcar pode ser negociado no período de até três anos, segundo revelou no fim de junho o seu acionista controlador, o francês Casino, em plano de reestruturação.

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