Governo estuda ajuda de até R$ 5 bilhões a aéreas em dificuldades, diz fonte

Plano em discussão prevê garantia a empréstimos do BNDES para companhias aéreas, cujas dificuldades ficaram mais evidentes após pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA

Saguão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo: companhias aéreas enfrentam desafios financeiros apesar de volta da demanda
Por Martha Beck
31 de Janeiro, 2024 | 05:49 AM

Bloomberg — O governo federal trabalha em um plano de emergência para ajudar a aliviar as pressões financeiras das companhias aéreas e lidar com o alto custo de litígios de consumidores e a falta de concorrência, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto que falou com a Bloomberg News.

O governo propõe usar fundos públicos como garantia para empréstimos das empresas junto ao BNDES, disse a pessoa. A previsão é que seja editada uma medida provisória nas próximas semanas, para que as alterações entrem em vigor imediatamente.

O valor da ajuda ainda está sendo discutido, mas não deve passar de R$ 5 bilhões, disse a fonte. Embora esse montante esteja longe do que as empresas precisam, ajudaria a manter suas operações enquanto reestruturam suas dívidas, segundo a pessoa, que pediu para não ser identificada discutindo informações privadas.

O governo considera um resgate para o setor há meses. O plano ganhou urgência adicional após a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) entrar nos Estados Unidos com pedido de recuperação judicial pelo Chapter 11 em 25 de janeiro.

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Um representante do Ministério da Fazenda se recusou a comentar.

As companhias aéreas brasileiras vêm enfrentando dificuldades desde a pandemia, assim como seus pares em outros mercados, e os problemas se acumularam com o aumento dos preços dos combustíveis, os atrasos na produção de novas aeronaves e a volatilidade cambial.

Embora a demanda tenha se recuperado mesmo com a alta dos preços das passagens, que subiram quase 50% no ano passado, as companhias também tiveram problemas com custos para lidar com processos judiciais frequentes dos consumidores. Isso impediu que novas companhias aéreas entrassem no mercado, disse a fonte.

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