Gap reforça retomada com novo CEO e aposta em ‘collabs’ com celebridades

Estratégia de Richard Dickson, ex-COO da Mattel, começa a mostrar resultados mais visíveis, com vendas comparáveis que subiram 7% no último trimestre; ações disparam 17% no ‘pre-market’

A ação da Gap subiu até 17% nesta sexta (7) depois de resultados acima das projeções do mercado
Por Lily Meier
07 de Março, 2025 | 10:33 AM

Bloomberg — As ações da Gap subiam acima de 15% nas negociações que antecedem a abertura do pregão à vista nesta sexta-feira (7) depois que divulgou fortes vendas trimestrais que indicam que a estratégia de recuperação do CEO Richard Dickson tem funcionado.

A varejista de moda superou as estimativas dos analistas para vendas comparáveis, lideradas por resultados melhores do que o esperado na marca homônima, na Old Navy e na Banana Republic. A Athleta, a marca de roupas esportivas, segue em dificuldades e registrou um declínio inesperado.

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As ações haviam caído 18% neste ano até o fechamento de quinta-feira e estão praticamente inalteradas em doze meses.

O desempenho da marca homônima da Gap foi “particularmente impressionante”, escreveu Paul Lejuez, analista do Citi, em uma nota.

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As vendas comparáveis da unidade aumentaram 7%, superando a previsão de Wall Street de um ganho médio de 1,7%. Esse desempenho sugere um grande apelo entre consumidores, disse ele.

Sob o comando de Dickson, ex-COO da Mattel que assumiu em agosto de 2023, a empresa se inclinou para collabs com celebridades e tem renovando sua liderança, incluindo a nomeação do estilista Zac Posen como diretor criativo.

Anne Hathaway e Da’Vine Joy Randolph estiveram entre celebridades que usaram roupas da Gap.

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Guidance de vendas

A Gap disse que prevê uma receita estável ou ligeiramente superior no trimestre atual. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam um crescimento de 1%, em média.

Para o ano inteiro, a Gap prevê que a receita aumentará em até 2%.

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A varejista incluiu em sua previsão tarifas de 20% sobre a China e 25% sobre o Canadá e o México. Menos de 10% dos produtos da Gap são provenientes da China e menos de 1% são provenientes do Canadá e do México juntos, disse Dickson em uma entrevista à Bloomberg News.

"É importante observar que estamos operando em um cenário altamente dinâmico nos últimos anos, e esperamos o mesmo para 2025", disse Dickson.

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