Bloomberg — A multinacional SBM Offshore, que projeta e constrói navios-plataforma para empresas petrolíferas, tem duas embarcações a caminho do Brasil e espera que a Petrobras (PETR3; PETR4) faça novas encomendas para unidades semelhantes, a fim de ajudar a acelerar o crescimento da produção.
O navio Almirante Tamandaré, com capacidade de produção de 225.000 barris por dia, está na rota para o país e deve chegar ao Brasil este ano.
Uma unidade semelhante está quase concluída em um estaleiro chinês e chegará em 2025, disse o CEO Oivind Tangen em uma entrevista à Bloomberg News.
A SBM também espera que a Petrobras relance uma licitação para a compra de dois navios de produção, armazenamento e descarga flutuantes — ou FPSOs, na sigla em inglês — para um projeto offshore na bacia de Sergipe-Alagoas, disse ele.
"Para a SBM, o Brasil sempre representou, acho que nas últimas décadas, cerca de 50% das atividades, e isso vai continuar assim", disse Tangen. "É um ótimo momento para nós."
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O rápido crescimento no Brasil e na Guiana tende a aumentar a oferta de petróleo no mercado global, complicando os esforços da Opep+ para restringir os suprimentos a fim de sustentar os preços.
A Bloomberg Intelligence espera que a produção brasileira atinja até 200.000 barris por dia este ano, graças, em parte, ao FPSO Sepetiba, da SBM, que começou a produzir por volta do início de 2024.
A SBM também é uma importante fornecedora da Exxon Mobil na Guiana e aguarda que a TotalEnergies tome uma decisão final de investimento para um FPSO no Suriname.
Se a SBM conseguir se tornar uma parceira bem-sucedida da TotalEnergies no Suriname, isso poderá abrir as portas para outros FPSOs na Namíbia, onde a empresa francesa fez descobertas offshore, disse ele.
"Tendo a chance de demonstrar nossas capacidades à Total, esperamos que isso também nos dê alguma visão e incursões em possíveis desenvolvimentos na Namíbia", disse ele.
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