Bloomberg — A Fidelity reduziu a avaliação de sua participação na rede social X, de Elon Musk, refletindo uma desvalorização de 72% desde que o bilionário comprou o antigo Twitter há pouco mais de um ano.
A firma de investimentos, que ajudou Musk a concluir a compra de US$ 44 bilhões, cortou o valor de sua participação na X em 19% em sua atualização de portfólio de novembro para o fundo Blue Chip Growth Fund, em comparação com um documento de setembro, de acordo com cálculos da Bloomberg.
É o mais recente de uma série de rebaixamentos pela Fidelity desde que Musk concluiu a aquisição da plataforma de mídia social em outubro de 2022, enquanto a X, mantida de forma privada, luta para manter os anunciantes e é sobrecarregada por US$ 13 bilhões em dívidas.
A Fidelity não divulgou o tamanho de sua participação atual na X, que disse valer US$ 5,6 bilhões. Não está claro como a Fidelity chegou à sua nova e menor avaliação ou se ela recebe alguma informação não pública da empresa.
Até 30 de outubro, o fundo não havia vendido nenhuma parte de sua participação, mas o relatório mensal com a avaliação atualizada não revela se o tamanho da participação mudou.
Supondo que o fundo não tenha reduzido sua participação na X, o relatório mais recente implica que o valor de toda a empresa também caiu 72%. A Fidelity não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O site Axios relatou anteriormente sobre a última declaração da Fidelity.
Sob a liderança de Musk, a X enfrentou uma série de mudanças abruptas, desde demissões drásticas e o fechamento de escritórios internacionais até uma reviravolta nas políticas de moderação e no sistema de verificação da plataforma.
A agitação afastou os anunciantes, e as receitas de vendas de anúncios em 2023 são estimadas em US$ 2,5 bilhões, muito abaixo do volume anterior de cerca de US$ 1 bilhão por trimestre, conforme relatado pela Bloomberg News no mês passado.
O rebaixamento mais recente da Fidelity ocorre em um momento especialmente tumultuado para a X. Em novembro, Musk desencadeou uma onda de críticas depois de concordar com um post que afirmava que os judeus tinham um “ódio dialético” pelos brancos, recebendo uma repreensão da Casa Branca, bem como de vários investidores da Tesla (TSLA).
Ao mesmo tempo, grandes anunciantes, incluindo a Walt Disney (DIS) e a Apple (AAPL), se distanciaram da plataforma. Suas ações levaram Musk a criticar durante uma entrevista ao New York Times, na qual disse aos anunciantes que abandonaram a X que eles podiam “se f——”.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Bitcoin dispara e supera os US$ 45 mil pela primeira vez em quase dois anos