Europa avança na corrida espacial para Marte com novo contrato da Airbus

Fabricante vai desenvolver uma plataforma de pouso que levará um rover construído no Reino Unido à Marte para uma missão de busca de sinais de vida prevista para o final desta década

Missão, programada para 2028, contará com uma plataforma de pouso com duas rampas para permitir que o rover desça na superfície marciana de forma segura
Por Kate Duffy
29 de Março, 2025 | 12:22 PM

Bloomberg — A Airbus conquistou um contrato de £ 150 milhões (US$ 194 milhões) para desenvolver uma plataforma de pouso que levará um rover construído no Reino Unido à Marte para uma missão em busca de sinais de vida.

A Agência Espacial Europeia concedeu à Airbus UK o contrato para construir o módulo de aterrissagem para a missão ExoMars, programada para ser lançada em 2028 com a Nasa, informou o Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia. O rover, construído pela Airbus, deverá aterrissar em Marte no final da década.

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O contrato é o primeiro desse tipo para a Europa e chega em um momento em que a região tenta reduzir sua dependência dos EUA, especialmente nos setores de defesa e espacial.

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A última missão do rover foi em 2021, quando os EUA pousaram seu veículo Perseverance no Planeta Vermelho para coletar rochas e outros materiais para estudo na Terra.

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O rover, batizado em homenagem à cientista britânica Rosalind Franklin, estava pronto para ser lançado em 2022, mas a ESA cortou suas colaborações espaciais com a Rússia após o início da guerra na Ucrânia.

Isso significou que a Europa teve que substituir o equipamento russo que faltava para a missão, incluindo o módulo de pouso em Marte, disse o secretário de tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle, no comunicado.

O pouso em Marte é um desafio devido às dunas de areia, penhascos e pedregulhos espalhados pelo planeta.

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Por esse motivo, a plataforma de pouso terá duas rampas construídas em lados opostos para que o rover possa descer na superfície mais lisa, de acordo com a declaração.

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Uma vez em Marte, o rover Rosalind Franklin poderá perfurar dois metros de profundidade na superfície para coletar amostras e registrar dados sobre a atmosfera e a textura da superfície.

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"A missão vai impulsionar o nosso know-how espacial no Reino Unido e vai fazer avançar a nossa compreensão coletiva do nosso sistema solar", disse Kata Escott, diretor administrativo da Airbus Defence and Space UK, em um comunicado.

O contrato será financiado pelo governo do Reino Unido por meio de sua agência espacial e criará cerca de 200 empregos no setor espacial do país, disse o DSIT.

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