Bloomberg — A EY, antes conhecida como Ernst & Young, escolheu Janet Truncale como sua próxima CEO, tornando-a a primeira mulher a liderar uma das Big Four de auditoria e consultoria.
Janet sucederá Carmine Di Sibio em 1º de julho de 2024, de acordo com um comunicado da gigante de contabilidade com sede em Londres. Truncale era até recentemente managing partner regional da organização de serviços financeiros da EY nas Américas, que inclui 14.000 profissionais, segundo o comunicado.
“Será verdadeiramente uma honra liderar esta incrível organização”, disse Truncale no comunicado. “Estou inspirada pelo exemplo que Carmine estabeleceu, injetando a intenção de sermos líderes profissionais, focando em estar à frente na tecnologia e, acima de tudo, personificando os valores da EY.”
A mudança ocorre apenas alguns meses após a empresa de contabilidade ter abandonado seu plano de desdobrar suas operações, que incluía desmembrar o negócio de consultoria e grande parte de sua prática tributária em uma empresa independente.
O plano foi abandonado depois que um influente sócio da EY nos EUA recuou, enquanto outros discordaram sobre questões-chave da medida, entre elas como dividir a prática tributária.
Truncale passou mais de 30 anos na EY após ingressar na empresa como estagiária. Ela ascendeu na área de serviços financeiros da empresa e também atuou na supervisão de negócios voltados para ofertas públicas iniciais e para os mercados de capitais nos últimos anos.
Ela também foi como sócia global de serviços ao cliente e sócia-sênior de consultoria, atendendo muitos dos maiores clientes, disse a EY no comunicado.
Quando assumir, Truncale, que se descreve no site da EY como uma mãe de três filhos que trabalha em tempo integral, será uma das mulheres mais sêniores nos setores financeiro e de serviços profissionais.
Ela assume o comando de uma empresa com cerca de 400 mil funcionários em mais de 100 escritórios ao redor do mundo.
“É um reflexo do trabalho que muitas empresas de serviços profissionais têm dedicado à melhoria da diversidade em suas equipes de liderança”, disse Lisa Quest, sócia da consultoria Oliver Wyman, observando que mais mulheres agora supervisionam atividades geradoras de receita e têm responsabilidade por demonstrações de lucros e prejuízos.
“Isso é o resultado de anos de investimento em programas de diversidade e inclusão, além de garantir que as mulheres realmente entrem em posições adequadas e tenham responsabilidades na linha de lucro para se tornarem elegíveis e serem incluídas na lista para esses tipos de cargos.”
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