Bilionário dono da L’Occitane faz oferta para fechar capital com valuation de € 6 bi

Reinold Geiger, proprietário e presidente da varejista de skincare, ofereceu cerca de US$ 4,35 pelas ações da empresa ainda não detidas por ele, um prêmio de 61%

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Bloomberg — Reinold Geiger, o bilionário proprietário da L’Occitane International, quer fechar o capital da empresa de skincare, uma medida que poderá pôr fim à sua jornada de 14 anos na bolsa de valores de Hong Kong.

Geiger fez uma oferta de 34 dólares de Hong Kong (US$ 4,35) por ação pelas ações da L’Occitane que ele ainda não possui, de acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira (29), o que confirmou uma reportagem anterior da Bloomberg News.

A oferta representa um prêmio de 61% em relação a um preço médio de 60 dias das ações da varejista francesa de produtos para o corpo, rosto, cabelo, fragrâncias e produtos para o lar.

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O acordo avalia a empresa em € 6 bilhões (US$ 6,4 bilhões) em uma base de capital e já recebeu apoio de vários acionistas.

O bilionário austríaco e presidente da L’Occitane, que se tornou acionista há cerca de 30 anos, financiará a aquisição com financiamento do fundo de oportunidades táticas da Blackstone (BX) e do braço de gestão de ativos do Goldman Sachs Group (GS). A dívida externa também será fornecida pelo Crédit Agricole Corporate and Investment Bank.

A L’Occitane foi fundada em 1976 pelo francês Olivier Baussan, que começou a produzir óleos essenciais a partir de plantas como a lavanda na zona rural da Provença e a vendê-los nos mercados locais.

Geiger tornou-se acionista minoritário em 1994, mas disse que o fraco desempenho da empresa o levou a começar a trabalhar ali para salvaguardar o seu investimento.

A varejista abriu capital na bolsa de Hong Kong numa oferta pública inicial em 2010 e tem agora oito marcas e cerca de 3.000 lojas em 90 países. A região que mais cresce são as Américas.

Geiger já controla mais de 70% da empresa por meio de um veículo, segundo documentos da bolsa. A ACATIS Investment e a Global Alpha Capital Management, que juntas detêm 28,69%, deram apoio irrevogável ao negócio. Vários outros acionistas também concordaram em participar da licitação. Pelo menos 90% dos acionistas precisam apoiar a operação para que ela avance.

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Maior flexibilidade

A L’Occitane afirmou que a saída da bolsa permitirá à atual equipa de gestão maior flexibilidade para investir em iniciativas de crescimento sustentável a longo prazo e continuar com investimentos estratégicos.

A empresa afirmou que uma maior flexibilidade, livre das pressões das expectativas dos mercados de capitais, é particularmente importante agora, dada a intensificação da concorrência na indústria global de cuidados com a pele e cosméticos.

O trading de ações da L’Occitane está suspenso em Hong Kong desde 9 de abril, enquanto se aguarda um anúncio relacionado aos códigos de aquisição. As ações fecharam a 29,50 dólares de Hong Kong um dia antes da suspensão, dando à empresa um valor de mercado de cerca de US$ 5,6 bilhões. As ações voltam a ser negociadas nesta terça-feira (30).

Outras empresas também estariam reconsiderando a conveniência de cotar em Hong Kong, à medida que as avaliações caíam. Muitas empresas listadas na cidade estão negociando com desconto na Europa e nos Estados Unidos.

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