Bloomberg — A Didi Global registrou seu segundo lucro trimestral consecutivo, um impulso para a líder chinesa do segmento de aplicativos de transporte, dona da 99 no Brasil, no momento em que a empresa contempla a possibilidade de abrir capital em Hong Kong.
A empresa obteve um lucro líquido de 929 milhões de yuans (US$ 128 milhões) no trimestre encerrado em setembro, em comparação com o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior.
A receita aumentou 5%, chegando a 53,9 bilhões de yuans, impulsionada por um salto de 20% nas transações brutas de seus negócios internacionais, que englobam o Brasil e o México.
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Os resultados refletem uma recuperação estável para a empresa após alguns anos difíceis.
Outrora aclamada como campeã nacional por expulsar a Uber (UBER) da China, os negócios da Didi sofreram um golpe depois que Pequim reprimiu suas práticas de compartilhamento de dados.
A Didi foi uma das empresas mais proeminentes visadas por Pequim durante uma campanha de repressão ao poderoso setor da internet a partir de 2020.
Os órgãos reguladores multaram a empresa em US$ 1,2 bilhão em 2022 e a forçaram a se retirar da listagem em Nova York depois que a Didi prosseguiu com um IPO, apesar das objeções das autoridades chinesas.
Neste ano, a cofundadora Jean Liu - que ajudou a supervisionar a abertura de capital nos EUA - deixou os cargos de presidente e diretora do conselho, embora tenha sido nomeada sócia permanente e permaneça como Chief People Officer.
As ações da Didi agora são negociadas apenas no mercado de balcão em Nova York e permanecem significativamente abaixo de seu preço de IPO de US$ 14 em 2021. A empresa pretende se listar na bolsa de valores de Hong Kong, embora o cronograma ainda não esteja claro.
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