Depois do futebol e do golfe, bilionários árabes avaliam investimento na NBA

Liga de basquete americana está no radar de gigantes institucionais do Oriente Médio, como fundos soberanos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos

Quadra de basquete com logo da NBA
Por Ben Bartenstein
07 de Outubro, 2023 | 04:22 PM

Bloomberg — A National Basketball Association (NBA), liga de basquete dos Estados Unidos, está aberta a potenciais investimentos de países do Golfo, incluindo os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, de acordo com um funcionário do campeonato.

O vice-comissário Mark Tatum disse à Bloomberg News que pode ver um caminho para fundos soberanos de Abu Dhabi e Riad adquirirem participações minoritárias passivas em times. Isso seguiria o Qatar Investment Authority, que fechou um acordo em junho para adquirir uma participação de 5% na empresa controladora do time Washington Wizards.

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“Não houve discussões específicas no nível da liga sobre isso, mas se isso acontecesse com um clube, a equipe teria que nos informar e nós teríamos que passar pelo nosso processo de extensas verificações de antecedentes – como faríamos com qualquer investidor”, disse Tatum em Abu Dhabi, onde o Minnesota Timberwolves venceu o Dallas Mavericks no primeiro de dois jogos de pré-temporada na cidade.

“Não falta interesse por parte de investidores institucionais”, disse ele, sem comentar sobre possíveis negociações entre proprietários de equipes e possíveis compradores.

Os elevados valuations das equipes de basquete tornaram difícil para os mais ricos comprarem franquias por conta própria, criando uma oportunidade para fundos de investimento.

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Enquanto isso, países do Golfo estão investindo agressivamente sua riqueza do petróleo no mundo do esporte para diversificar suas economias além dos hidrocarbonetos.

Abu Dhabi possui um time de futebol da liga britânica Premier League, juntamente com a vizinha Arábia Saudita, que esta semana confirmou planos de se candidatar para sediar a Copa do Mundo de 2034.

O Catar também possui participações no Paris Saint-Germain (PSG), bem como na equipe portuguesa SC Braga, e gastou até US$ 300 bilhões para sediar a Copa do Mundo do ano passado.

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Além do futebol, a riqueza do Golfo revolucionou a economia de outros esportes, incluindo o golfe. O basquete também está no radar.

A Bloomberg News já havia informado neste ano que executivos do Mubadala Investment, de Abu Dhabi, estavam interessados em adquirir uma equipe da NBA.

Investimento institucional no esporte

Em dezembro, meses após Abu Dhabi ter sediado os primeiros jogos da pré-temporada da NBA no Oriente Médio, a liga começou a permitir que fundos soberanos comprem até 20% de uma franquia. Investidores institucionais podem deter participações em até cinco franquias ao mesmo tempo.

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O fundo soberano de Abu Dhabi, ADQ, presidido pelo poderoso Sheikh Tahnoon bin Zayed Al Nahyan, atuou como parceiro apresentador dos jogos da NBA na capital dos Emirados Árabes Unidos este ano.

No mês passado, a Bloomberg News relatou que uma parte do Golden State Warriors está à venda, com um possível valuation de US$ 7 bilhões em discussão. Tatum disse que é apenas uma questão de tempo antes que o valuation de uma equipe ultrapasse US$ 10 bilhões.

“Muitos investidores são otimistas em relação ao crescimento contínuo da NBA e ao crescimento das avaliações dessas franquias”, disse ele.

-- Com a colaboração de Ira Boudway e Randall Williams.

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