De roupa esportiva a capital de risco: As ambições de Steph Curry além da NBA

Portfólio do jogador abrange vários setores, e sua maior decisão comercial foi a troca de patrocínio da Nike pela rival Under Armour, que incluiu o recebimento de US$ 75 milhões em ações

À medida que o astro do basquete se aproxima da aposentadoria, ele está de olho na expansão de seu império de negócios.
Por Kim Bhasin - Emily Chang
18 de Dezembro, 2024 | 01:00 PM

Bloomberg — Stephen Curry diz que quer ser mais do que um jogador de basquete - embora já seja um dos maiores de todos os tempos.

“Sempre tive essa perspectiva”, diz Curry. “Simplesmente não sabia que oportunidades surgiriam.”

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Curry entrou em sua 16ª temporada na NBA neste segundo semestre de 2024, depois de um período de entressafra movimentado, que incluiu a conquista de uma medalha de ouro olímpica pelos EUA e a promoção de sua marca de calçados e roupas na China. Em uma ampla entrevista para o programa The Circuit with Emily Chang, Curry discutiu suas ambições dentro e fora das quadras.

Foi por volta de quatro anos em sua carreira profissional, quando ascendeu ao status de All-Star em seus primeiros dias no Golden State Warriors, que Curry começou a perceber que o basquete estava criando oportunidades imprevistas.

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“Você percebe que as portas estão se abrindo com base no que faz na quadra de basquete”, e isso significava tentar encontrar maneiras de administrar tudo isso, diz Curry. “Porque, obviamente, é importante com quem você faz negócios.”

Nike x Under Armour

A maior decisão comercial de Curry ocorreu em 2013, quando ele deixou a Nike, a maior empresa de roupas esportivas do mundo, para assinar um contrato de patrocínio com a rival Under Armour, que estava iniciando um negócio de basquete. Ele logo lançou seu primeiro tênis exclusivo, o Curry 1.

Em março de 2023, ele assinou uma extensão de contrato de longo prazo com a Under Armour, que se estenderá até sua aposentadoria do basquete. Os termos financeiros não foram divulgados, mas ele recebeu US$ 75 milhões em ações como parte do pacote, de acordo com os registros regulatórios. A 12ª iteração de seu tênis chegou às lojas em outubro.

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E se ele tivesse ficado com a Nike? Curry diz que não se arrepende.

"Há uma razão para eu não estar lá. Sempre fui um azarão. Essa era a minha mentalidade", diz Curry. "O fato de eu ter arriscado e querer criar algo por conta própria e estar onde estou agora é muito mais importante do que dizer o que poderia ter sido com a Nike."

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De bourbon a cripto

O portfólio de Curry agora abrange vários setores. Ele tem uma marca de bourbon chamada Gentleman’s Cut e uma empresa de produção, a Unanimous Media, que criou programas como a série de minigolfe da ABC. Sua empresa de capital de risco, a Penny Jar Capital, fez uma ampla gama de investimentos, abrangendo desde o metaverso até as praças de alimentação.

No entanto, nem todas as incursões de Curry nos negócios deram certo. Ele foi uma das muitas celebridades e atletas, incluindo Tom Brady, Shaquille O’Neal, Shohei Ohtani e Naomi Osaka, envolvidos com a FTX, a bolsa de criptomoedas que entrou em colapso em 2022 em meio a um esquema de fraude perpetrado pelo fundador Sam Bankman-Fried. Curry foi um embaixador pago da marca FTX e apareceu em seus anúncios. Ele também tinha uma participação acionária.

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“Foi uma loucura”, diz Curry. “Acho que foi um choque para muitas pessoas, não apenas para mim, a forma como aconteceu. Você aceita isso de cabeça erguida e segue em frente.”

(Foto: David Paul Morris/Bloomberg)

Por enquanto, ele está de volta às suas outras atividades.

O golfe tem sido uma obsessão cada vez maior para Curry, que expandiu sua linha Under Armour para o esporte e agora se encontra no campo jogando por diversão ou em torneios beneficentes. Um hole-in-one é uma emoção maior do que uma cesta de última hora nesta fase de sua vida, diz ele.

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Curry não tem certeza de quanto tempo ainda jogará na NBA, mas diz que haverá um sinal claro quando for a hora de ir para casa.

"Não quero ser aquele que está mancando para cima e para baixo na quadra, tentando acompanhar os jovens", diz Curry. "Mas acho que ainda não estou nem perto disso."

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