Bloomberg — A Walt Disney tem investido em produções exclusivas de anime japoneses e de olho em uma franquia de super-heróis coreanos como parte de seu esforço para obter uma fatia maior do mercado asiático de streaming.
“Não somos um player de volume”, disse Luke Kang, presidente da Disney Ásia-Pacífico, em uma entrevista à Bloomberg News. “Temos nossa estratégia, que é realmente fazer menos projetos, mas fazê-los bem, e realmente escolher uma lista que achamos que causará um impacto.”
O interesse da Disney (DIS) nos mercados asiáticos acontece com intuito de ajudar a aumentar a base de assinantes locais e atrair espectadores internacionais, enquanto reduz o investimento em conteúdo no Sudeste Asiático.
Sua operação na Índia se fundiu com o negócio de mídia da Reliance Industries para formar uma joint venture chamada JioStar. Depois de lançar a plataforma de streaming Disney+ na Ásia em 2021, a empresa tem ajustado sua estratégia de investimento em conteúdo para aumentar a lucratividade.
A estratégia da Disney é diferente da rival de streaming Netflix (NFLX), que se tornou um participante dominante em toda a região ao investir bilhões de dólares no desenvolvimento de conteúdo original voltado principalmente para os mercados locais, desde a Coreia do Sul e o Japão até o Sudeste Asiático e a Índia.
Em contraste, o Disney+ tem se concentrado na criação de grandes produções originais que poderiam ter apelo também fora da região.
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O Disney+ renovou a série de super-heróis Em Movimento (Moving) para uma segunda temporada, informou a empresa sediada em Burbank, na Califórnia, em sua apresentação de em Cingapura, nesta quinta-feira (21).
A série, criada pelo artista de webtoon (um formato de quadrinhos digitais) sul-coreano Kangfull, tornou-se um sucesso global e ganhou mais de 10 prêmios do setor, disse a Disney.
A empresa também busca aprofundar sua parceria com Kangfull com a próxima série de terror e mistério. Kangfull também disse que continuaria a trabalhar com a Disney na criação de séries originais para adaptações de webtoon para a TV.
Kang disse que correu o risco de dar luz verde à primeira temporada de Em Movimento, que teve o maior orçamento de qualquer série coreana, apesar das dúvidas e do ceticismo sobre o potencial de sucesso do programa.
"Valeu a pena correr o risco porque, se fizer sucesso, pode realmente se tornar uma franquia", disse Kang. "Esse é o nosso ganha-pão. É o que fazemos bem."
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Além de se abastecer de novos conteúdos coreanos, o Disney+ quer transformar seu jogo para celular, desenvolvido internamente com a artista de mangá Yana Toboso, em uma série de animação no próximo ano.
A franquia já se ramificou em romances e mangás, e sua adição à plataforma de streaming da Disney é o próximo passo na expansão para novos formatos e mídias.
O Disney+ também terá direitos exclusivos para distribuir alguns títulos de anime da Kodansha, uma das maiores editoras do Japão, incluindo a segunda temporada de
O anime continua sendo um grande atrativo para o público, com títulos de alto desempenho, inclusive do criador Akira Toriyama, disse a Disney em um comunicado.
“As histórias produzidas na região da Ásia-Pacífico se tornaram um elemento básico no consumo geral de entretenimento - são produções de classe mundial, com crescente ressonância global e fãs apaixonados em todo o mundo”, disse Carol Choi, vice-presidente executiva de conteúdo original.
"Nossa estratégia de conteúdo continua focada na curadoria de originais premium e orientados por talentos da região."
Com seu portfólio holístico, de parques temáticos a filmes de bilheteria e mercadorias baseadas no conteúdo dos estúdios Disney, o conglomerado de mídia e entretenimento de 101 anos quer aumentar a presença no mercado asiático com uma visão de longo prazo.
"Acho que estamos nos estágios iniciais da evolução desse setor", disse Kang. "Portanto, temos que ser pacientes e manter nossa estratégia."
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