Bloomberg Línea — Uma tendência no mercado imobiliário de alto padrão tem sido associar empreendimentos a marcas de luxo. Em São Paulo, nomes como Armani, Versace e Lamborghini estão presentes em novos projetos de incorporadoras como Cyrela, Lavvi e Gafisa, respectivamente.
O mais novo será o Vista Cyrela Furnished by Armani/Casa, em parceria da Cyrela com a J. Safra Properties, com VGV (Valor Geral de Vendas) acima de R$ 700 milhões.
Com lançamento oficial neste mês, o empreendimento residencial será o mais alto da capital paulista, com 206 metros de altura. Ficará no Jardim Guedala, no Morumbi, na zona sul.
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O projeto prevê a construção de duas torres independentes, com unidades que variam de 350 a 520 metros quadrados, e coberturas que de 700 a 850 quadrados.
A escolha de móveis, acessórios e tecidos foi realizada em colaboração entre a Cyrela e a italiana Armani/Casa.
Em São Paulo, a Mitre avança com os preparativos para o lançamento de seu primeiro empreendimento residencial com a marca Daslu, adquirida há dois anos, no bairro dos Jardins, próximo à Alameda Gabriel Monteiro da Silva, perto da Avenida Rebouças.
O movimento chega também ao Rio de Janeiro. A incorporadora mineira Patrimar assinou um acordo com a grife italiana Armani para nomear um empreendimento com a marca.
O condomínio de alto padrão ficará na região da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense.
A parceria foi fechada com a Armani/Casa Interior Design Studio, braço do grupo italiano de moda responsável pelo gerenciamento de projetos residenciais em cidades como Miami, Londres, Dubai, Pequim, Tel Aviv, Mumbai e Istambul.
A empresa italiana acompanha a aplicação dos conceitos da marca, como acabamento, mobiliário e acessórios, nos empreendimentos.
A Patrimar não divulgou ainda detalhes do projeto, como valor do licenciamento, cronograma, endereço do terreno, características do imóvel e VGV (valor geral de vendas).
O uso de uma marca de luxo em um empreendimento imobiliário abre possibilidade de cobrança de valores mais elevados por unidade. A expectativa da Patrimar é que os preços fiquem de 15% a 20% acima do valor de mercado, segundo o jornal O Globo.
A Barra da Tijuca é uma das regiões com o metro quadrado (cerca de R$ 16 mil em média) mais caro da capital fluminense. Um exemplo é a Ilha Pura, um bairro planejado com 31 torres distribuídas em sete condomínios, que tem investimento do BTG Pactual (BPAC11).
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Candidata à IPO (oferta inicial de ações), a Patrimar é uma construtora e incorporadora controlada pela família Veiga, que atua nos segmentos comercial e residencial para alta renda desde 1963, com atuação em três estados do Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo).
Nos últimos anos, a companhia aumentou sua alavancagem financeira por meio de captações no mercado e chegou a uma dívida líquida de R$ 555 milhões no segundo trimestre de 2024.
Essa elevação da alavancagem financeira se deu como reflexo de um ciclo mais intenso de investimentos para o lançamento de novos empreendimentos (aceleração de obras) e fortalecimento do pipeline de projetos futuros, apontou Viviane Silva, analista do BB Investimentos, em recente relatório.
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