Da Spaten à Corona: marcas premium crescem 20% e alavancam vendas da Ambev

Expansão das vendas de cervejas nas categorias premium e super premium do maior grupo de cervejas do país supera a das demais categorias pelo 14º trimestre consecutivo

The Spaten Brewery seen in Munich Thursday September 18, 2003.
Por Bloomberg Línea
31 de Outubro, 2024 | 09:47 AM

Bloomberg Línea — Mais uma vez, o crescimento de marcas como Spaten, Corona e Original alavancaram as vendas de cervejas da Ambev. No terceiro trimestre, cujos resultados foram divulgados no começo da manhã desta quinta-feira (31), o aumento foi acima de 20% para cada uma das três marcas na base anual, enquanto as marcas consideradas core plus, lideradas pela Budweiser, registraram expansão acima de 10%.

Entre as marcas tradicionais de preços mais acessíveis - e margens mais baixas -, classificadas pela Ambev (ABEV3) como core, Brahma e Antarctica avançaram em vendas na casa de um “dígito alto”, enquanto essa categoria consolidada teve queda.

PUBLICIDADE

Na categoria de cervejas como um todo da Ambev no Brasil, os volumes cresceram 0,6% de julho a setembro na comparação anual, com aumento de 3,5% na receita líquida e de 2,9% na receita líquida por hectolitro - basicamente pelo efeito de vendas de cervejas com preços mais elevados.

Leia mais: Ambev terá Carlos Lisboa como CEO em 2025; Jean Jereissati vai para AB InBev

Por outro lado, o CPV/hl (custo dos produtos vendidos), excluindo depreciação e amortização e também a venda de produtos pelo marketplace não Ambev, diminuiu 1,3%, “impulsionado principalmente pelos ventos favoráveis nos preços das commodities com hedge”. Diante dessa equação, a operação de cervejas no Brasil teve aumento de 5,8% no Ebitda - métrica de geração de caixa operacional - no período, com ganho de 80 pontos base na margem Ebitda, para 34,9%.

PUBLICIDADE

O resultado de Corona foi impulsionado por inovações recentes da companhia: cerca de 60% do crescimento da marca no trimestre veio do lançamento de novas embalagens, como a garrafa de 600ml e as latas de 269ml e 473ml, além de Corona Cero – a versão sem álcool lançada na Olimpíada de Paris.

Essa marca cresce na esteira de uma tendência global de busca de hábitos de consumo mais saudáveis, presente também no país.

Leia mais: Como a cerveja sem álcool se tornou a aposta do mercado até na Olimpíada

PUBLICIDADE

Segundo a Ambev, no mercado brasileiro, “cada uma das nossas marcas foco – Corona, Spaten, Budweiser e Brahma – atingiu recorde histórico de volumes no últimos 12 meses acumulados”. Ou seja, nunca antes a companhia vendeu tanta cerveja de cada um dos quatro rótulos citados.

Em outras frentes, a Ambev continuou a avançar em suas iniciativas digitais: o BEES Marketplace, que conecta a empresa a bares e restaurantes, cresceu o GMV (volume bruto transacionado) em 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, e o Zé Delivery gerou 16 milhões de pedidos, com alta de 8%.

Leia também

PUBLICIDADE

Na Ambev, a estrela da vez é a Corona, que cresceu 70%. E terá mais investimento

Na Starbucks, novo CEO quer ‘back to basics’ e café pronto em até quatro minutos

Heineken vê maior consumo de cerveja no Brasil e expande a produção, diz CEO