Bloomberg — A Encyclopaedia Britannica, editora da enciclopédia homônima e do dicionário Merriam-Webster, está em busca de levantar capital novo para pagar as dívidas de seu proprietário suíço, Jacob E. Safra, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto que falaram à Bloomberg News.
A empresa contratou o Jefferies Financial Group para sondar credores privados sobre um aumento de capital de mais de US$ 450 milhões, que também incluirá um componente de capital, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas discutindo uma transação privada.
O Bank of America e o Deutsche Bank também trabalham no financiamento, disse uma das pessoas.
Os fundos serão usados para pagar parte da dívida existente de Jacob E. Safra, que não está relacionada ao grupo Britannica, de acordo com as pessoas.
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As conversas são preliminares e os detalhes do financiamento podem mudar, disseram eles. Jacob E. Safra, que é sobrinho do falecido banqueiro suíço Edmond J. Safra, comprou a Britannica em 1996 e atua como presidente da empresa.
Representantes da Encyclopaedia Britannica, do Jefferies, do Bank of America e do Deutsche Bank não quiseram comentar.
Planos de IPO e produto com IA
As negociações sobre um aumento de capital ocorrem meses após a empresa com sede em Chicago ter anunciado que havia solicitado confidencialmente uma oferta pública inicial nos EUA.
O novo aumento de capital pode atrasar um possível IPO, embora a empresa ainda esteja comprometida com a execução desse plano, disse uma das pessoas.
A Britannica estava em busca de um valuation de cerca de US$ 1 bilhão com o IPO, informou a Bloomberg News anteriormente. A editora vem avaliando uma listagem nos EUA desde pelo menos 2022 e anteriormente considerou a possibilidade de levantar capital privado.
Fundada há mais de 250 anos, a Enciclopédia Britannica é considerada a mais antiga enciclopédia geral de informações em língua inglesa, de acordo com seu site. Nos últimos anos, a editora passou das enciclopédias impressas para edições digitais e aprendizado on-line.
Suas subsidiárias incluem a Britannica Education e a Melingo AI, uma plataforma de processamento de linguagem natural com base em Inteligência Artificial usada no aprendizado de idiomas e dicionários.
Os produtos da Britannica têm mais de 7 bilhões de visualizações de páginas por ano e são usados por mais de 150 milhões de estudantes, novamente conforme o seu site.
- Com a colaboração de Felipe Marques.
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