Conselho da Vale é orientado a considerar candidatos externos na busca por CEO

Relatório de consultoria sugere avaliação de candidatos de fora da empresa, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg News; companhia não comenta

Signage at the Vale Copper Cliff Nickel Smelter in Sudbury, Ontario, Canada, on Wednesday, June 1, 2022. Nickel is the key ingredient in the stainless steel used in everyday appliances, but it's also critical for the transition away from fossil fuels, since it's used in the batteries automakers need to electrify the world’s car fleet.
Por Mariana Durao
03 de Fevereiro, 2024 | 11:34 AM

Bloomberg — A Vale (VALE3) deveria considerar candidatos externos para o cargo de CEO quando o mandato do atual presidente executivo, Eduardo Bartolomeo, terminar em maio, de acordo com uma consultoria externa que apresentou um relatório ao conselho da gigante global de mineração.

A recomendação faz parte de um relatório apresentado na sexta-feira (2) ao conselho da Vale, que avalia se renova o mandato de Bartolomeo como CEO ou inicia um processo de recrutamento global, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.

Um porta-voz da Vale se recusou a comentar a respeito.

Bartolomeo, de 59 anos, foi avaliado pela consultoria como altamente qualificado para manter o cargo de CEO, mas um processo de recrutamento apoiaria uma decisão final, uma vez que não há consenso entre os membros do conselho sobre a renovação do seu mandato, disseram as pessoas.

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Bartolomeo deve fazer parte de uma lista de candidatos caso o conselho decida realizar um processo competitivo, afirmaram as pessoas.

A nomeação para o cargo principal da Vale é um teste para a terceira empresa mais valiosa da América Latina e ocorre em meio à crescente pressão do governo brasileiro para intervir no processo sucessório.

A disputa colocou em evidência a influência do governo no setor de mineração, mesmo que a produtora de metais tenha sido privatizada em 1997.

O mercado reconheceu o legado de Bartolomeo em relação à segurança, incluindo um plano para eliminar dezenas de barragens de rejeitos de alto risco e um acordo de US$ 7,6 bilhões sobre o colapso da barragem de Brumadinho, no sudeste do Brasil.

Por outro lado, os investidores têm se preocupado com o desempenho operacional da Vale e o controle de custos, juntamente com a percepção de que a empresa sediada no Rio de Janeiro poderia lidar melhor com as relações com os estados e o governo federal.

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