Bloomberg — A Vale (VALE3) deveria considerar candidatos externos para o cargo de CEO quando o mandato do atual presidente executivo, Eduardo Bartolomeo, terminar em maio, de acordo com uma consultoria externa que apresentou um relatório ao conselho da gigante global de mineração.
A recomendação faz parte de um relatório apresentado na sexta-feira (2) ao conselho da Vale, que avalia se renova o mandato de Bartolomeo como CEO ou inicia um processo de recrutamento global, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.
Um porta-voz da Vale se recusou a comentar a respeito.
Bartolomeo, de 59 anos, foi avaliado pela consultoria como altamente qualificado para manter o cargo de CEO, mas um processo de recrutamento apoiaria uma decisão final, uma vez que não há consenso entre os membros do conselho sobre a renovação do seu mandato, disseram as pessoas.
Bartolomeo deve fazer parte de uma lista de candidatos caso o conselho decida realizar um processo competitivo, afirmaram as pessoas.
A nomeação para o cargo principal da Vale é um teste para a terceira empresa mais valiosa da América Latina e ocorre em meio à crescente pressão do governo brasileiro para intervir no processo sucessório.
A disputa colocou em evidência a influência do governo no setor de mineração, mesmo que a produtora de metais tenha sido privatizada em 1997.
O mercado reconheceu o legado de Bartolomeo em relação à segurança, incluindo um plano para eliminar dezenas de barragens de rejeitos de alto risco e um acordo de US$ 7,6 bilhões sobre o colapso da barragem de Brumadinho, no sudeste do Brasil.
Por outro lado, os investidores têm se preocupado com o desempenho operacional da Vale e o controle de custos, juntamente com a percepção de que a empresa sediada no Rio de Janeiro poderia lidar melhor com as relações com os estados e o governo federal.
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